Com o saque líquido de R$ 7,419 bilhões, registrado em novembro último, as retiradas líquidas em 2022 já atingem R$ 109,496 bilhões, número recorde da série iniciada em 1995, informou hoje (6) o Banco Central (BC). A cifra de 2022 supera de longe à de 2021, quando a retirada totalizou R$ 35,469 bilhões.
No mês passado, os saques foram superiores aos depósitos em R$ 4,355 bilhões, conforme dados do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), ao passo que na poupança rural, as saídas líquidas corresponderam a R$ 3,064 bilhões.
De acordo com a autoridade monetária, o resultado apurado no mês passado é o segundo maior da série, só perdendo para novembro do ano passado, quando as retiradas somaram R$ 12,377 bilhões.
Ganha mais relevância o saldo negativo da poupança, levando em conta os pagamentos efetuados pelo governo federal, por meio de benefícios sociais, como o Auxílio Brasil, Auxílio Gás e aqueles voltados a categorias, como caminhoneiros e taxistas, que passaram a ser pagos em agosto deste ano.
Entre os fatores determinantes para o crescimento avassalador das retiradas da poupança, destaque cabe à manutenção, em níveis elevados, dos juros básicos (Selic) pelo BC, de forma a reduzir a atratividade das cadernetas ante outras aplicações financeiras. Em outubro último, porém, o saldo negativo da poupança foi ainda maior, alcançando R$ 11 bilhões. Até agora, a maior retirada líquida foi registrada em agosto, de R$ 22,015 bilhões.
De igual forma, recursos da caderneta aplicados em crédito imobiliário (SBPE) tiveram saída líquida de R$ 4,355 bilhões, e de R$ 3,064 bilhões, no que se refere ao crédito rural (SBPR).
Fonte: capitalist