Conforme o jornal, o político planeja usar o seu direito de veto para impedir a nomeação de qualquer candidato do Reino Unido ou da Turquia para o cargo de secretário-geral da aliança. Os deputados do parlamento britânico ficaram furiosos com essa intenção.
“Apesar da anglofobia decepcionante de Macron, pelo menos ele é consistente [nas suas ações]”, comentou a notícia o deputado do Partido Conservador, Andrew Bridgen.
Wallace é “uma candidatura perfeita” para o cargo de secretário-geral da OTAN, afirmou o político, salientando que a sua saída do governo se tornaria uma grande perda.
Mais um deputado conservador, que se expressou sob anonimato, sublinhou que a posição de Paris coloca em uma situação difícil o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, que anteriormente chamou Macron de “amigo”.
Por sua vez, o vice-presidente do Grupo Europeu de Investigação, David Jones, lembrou que o Reino Unido é o segundo maior financiador da OTAN.
“Penso que este papel seria perfeito para ele [Wallace] caso seja o que ele realmente quer”, concluiu Jones.
© AP Photo / Michal DyjukO secretário de Estado da Defesa da Grã-Bretanha, Ben Wallace, participa de um painel de discussão no Fórum de Segurança de Varsóvia em Varsóvia, Polônia, 4 de outubro de 2022
O secretário de Estado da Defesa da Grã-Bretanha, Ben Wallace, participa de um painel de discussão no Fórum de Segurança de Varsóvia em Varsóvia, Polônia, 4 de outubro de 2022
© AP Photo / Michal Dyjuk
Na semana passada, a edição britânica Financial Times, referindo-se a suas fontes, disse que os embaixadores da OTAN podem começar a discutir as candidaturas para o cargo de secretário-geral da aliança, que deverá substituir Jens Stoltenberg em setembro de 2023.
Os jornalistas indicaram que, além de Wallace, concorrem para o cargo a primeira-ministra estoniana Kaja Kallas, o ex-premiê polonês Donald Tusk, o chefe do governo espanhol Pedro Sanchez, a primeira-ministra lituana Ingrida Simonyte e o ex-líder italiano Mario Draghi.
Nesse contexto, segundo a publicação, certos membros da OTAN não querem ver no cargo ex-cidadãos da União Soviética, a fim de não irritar a Rússia.
Jens Stoltenberg devia ter deixado o seu cargo já neste outono, mas, devido à crise ucraniana, o seu mandato foi prolongado por mais um ano, até 30 de setembro de 2023.
Fonte: sputniknewsbrasil