Pós-graduação é motor de inovações e descobertas


Apresentada em 1903 por Marie Curie, a tese “Pesquisa sobre substâncias radioativas” representou um salto no conhecimento científico sobre o recém-descoberto fenômeno da radiação, com sua hipótese de que a radioatividade era uma propriedade do átomo e não das moléculas. Laureada com um prêmio Nobel em Física por isso, a pesquisa de Curie foi o primeiro passo em uma série de evoluções tecnológicas que permitiram desde a bomba atômica até o diagnóstico com contraste e a radioterapia no combate ao câncer, dezenas de anos depois.

Curie, é claro, é uma das mais famosas e importantes cientistas do mundo, o que torna difícil a comparação com nós – meros mortais. Mas sua história demonstra não só como a pesquisa serve como motor de inovações, mas também indica o papel da pós-graduação neste processo, bem como em nosso desenvolvimento como sociedade.

Na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) existem mais de 50 opções de programas de pós-graduação, distribuídos no câmpus sede (Cuiabá) e nos câmpus avançados (Várzea Grande, Sinop e Araguaia), incluindo os Programas que são desenvolvidos através de parcerias com outras instituições e possuem pontos focais na UFMT.

Estes programas alcançam todas as áreas do conhecimento e representam mais de 900 projetos de pesquisa em andamento.

“A pós-graduação é uma oportunidade para o desenvolvimento da Ciência e para a produção de conhecimento, além de uma formação profissional continuada”, explica o coordenador de Ensino de Pós-Graduação, professor Vinicius Carvalho.

Da mesma forma, o pró-reitor de Ensino de Pós-Graduação, professor Jackson Resende, afirma que os programas mantêm o corpo docente na fronteira do conhecimento, fomentando pesquisas de qualidade.

“O pesquisador, seja ele um professor ou um aluno de mestrado e doutorado, é um profissional que atua diretamente na ciência, descobrindo novos conhecimentos e buscando, sempre que possível, a aplicação destes para a transformação da sociedade”, afirmou.

Esse trabalho é feito em conjunto, tendo os professores como orientadores nos projetos de pesquisa e os alunos de pós-graduação (ou de iniciação científica) contribuindo cada um de sua maneira para alcançar os objetivos da pesquisa.

No caso do professor Thadeu Sobral de Souza, o Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade PPGECB, o projeto é sobre a conservação da biodiversidade,  em escala global, visando entender quais são as áreas prioritárias para a conservação no mundo, principalmente no que se refere às mudanças climáticas e uso do solo.

“Esse trabalho é conduzido com o apoio de seis alunos, orientandos do PPGECB. Eles são o pilar da pós-graduação. Sem eles, as nossas perguntas da pesquisa não seriam respondidas e esses projetos não iriam para frente”, afirma.

O mesmo acontece com o professor Edvaldo Sotana, do Programa de Pós-Graduação em História. Sua pesquisa aborda a relação entre mídia e política no período da ditadura e sete orientandos de pós-graduação trabalham em suas próprias investigações relacionadas ao assunto.

“Os orientandos são fundamentais, porque eles desenvolvem pesquisas tentando estabelecer relações entre mídia e política no Brasil contemporâneo, permitindo um adensamento das reflexões realizadas e o levantamento de fontes, que são indispensáveis para a pesquisa em História”, completou.

Assim, a pós-graduação desempenha um papel vital no cenário científico, proporcionando novos conhecimentos, promovendo avanços tecnológicos e contribuindo para o desenvolvimento da sociedade como um todo. A colaboração entre orientadores e alunos de pós-graduação é um elo essencial nessa cadeia de inovação, impulsionando o progresso científico rumo a um futuro promissor.

Fonte: ufmt

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