“Acho que eles [o Financial Times] exageram a importância dos resultados eleitorais nos Países Baixos”, disse Gilbert Doctorow, analista de relações internacionais, à Sputnik.
“Os partidos de direita são um fator importante apenas porque significa que o bando neoliberal que dirige Bruxelas não tem controle absoluto, e que existe uma pequena área de liberdade de expressão e de pensamento nas sociedades macarthistas da UE”, disse Doctorow. “O fator mais importante é a forma como os europeus estão atentos ao que o maior doador da Ucrânia, os EUA, vai fazer, dado o impasse no Capitólio e a incapacidade de incluir a ajuda à Ucrânia no orçamento do próximo ano fiscal.”
Os líderes de direita da Europa se reuniram na cidade italiana de Florença no domingo (3) com uma tentativa de tornar o grupo Identidade e Democracia (ID), o terceiro maior depois do Partido Popular Europeu (PPE) de centro-direita e dos Social-Democratas de centro-esquerda no Parlamento da UE.
“As sanções têm um efeito bumerangue nas economias europeias, aumentam a taxa de inflação e enfraquecem a nossa competitividade”, disse à Sputnik o deputado do parlamento luxemburguês, Fernand Kartheiser, do Partido da Reforma Democrática Alternativa, que também é membro do conselho dos Conservadores e Reformistas Europeus.
“Não houve consenso entre os partidos de direita em toda a Europa se considerarmos que o partido PiS [Lei e Justiça] dos Kaczynskis, que governou a Polônia até as últimas eleições nacionais, é de extrema direita e é violentamente antirrusso, enquanto a maioria dos outros partidos de direita na Europa são pró-Putin. […] O único ponto em comum é a forte defesa da soberania nacional e as duras críticas às instituições da UE em Bruxelas”, disse Doctorow.
Fonte: sputniknewsbrasil