Por que essa foi a era dos carros mais feios já vendidos no Brasil


A década de 2010 representou grandes avanços para a indústria brasileira. Foi quando os SUVs passaram a vender mais que hatches, os primeiros carros elétricos chegaram às lojas e as centrais multimídia se tornaram itens indispensáveis.

Há de ser dito: a década também ficou marcada por alguns dos carros mais feios da história. A partir disso, Autoesporte selecionou dez entre os veículos menos dotados de beleza vendidos no Brasil entre 2010 e 2019. Algumas marcas vão aparecer diversas vezes ao longo do ranking, como prova de que um padrão malsucedido de estilo pode ser espalhar por mais modelos.

O Etios é um carro que passou longe da fila da beleza. Alguém na Toyota pensou: “e se lançarmos uma versão aventureira?”. Assim nasceu o Etios Cross, um hatch mais altinho que emulou o visual de um off-road. Talvez o pior aspecto seja este anteparo frontal que sobe do para-choque até o capô. Isso rendeu o infame apelido “Predador”, em referência ao monstro da ficção científica.

Críticas estilísticas à parte, o Etios ainda é um excelente hatch compacto. Econômico, bom de guiar e confiável, hoje aparece valorizado no mercado de usados. Certamente, não pelo seu visual.

Longe de causar a mesma sensação repulsiva do conterrâneo acima, o Nissan Versa da primeira geração era um carro pouco agradável de se ver antes do facelift. Seus faróis eram desproporcionalmente grandes e não combinavam com a carroceria alongada. A traseira também não foi um exemplo de design a ser seguido, por mais que o sedã compacto tenha se destacado em diversos aspectos.

Sua principal qualidade era o espaço interno para os ocupantes do banco traseiro. Baixo custo de manutenção e consumo de combustível comedido são outros predicados.

A Chevrolet apresentou o Agile em 2009, produzido na Argentina, como um hatch mais caprichado que o Corsa. Também pecava pela desproporção, pois seus grandes faróis não combinavam com a carroceria de porte compacto. Nem o facelift de 2014 corrigiu tal característica. O hatch sofreu com a concorrência interna do Onix que, além de ser mais equipado, ainda tinha um visual mais bonito.

Se o Agile entrou na lista, é claro que a Montana não poderia ficar de fora. Ela repetiu basicamente todos os erros do hatch — e ainda apresentou uma traseira quadrada com aspecto antigo. Para o azar da GM, a picape foi apresentada num momento em que a Saveiro teve os melhores visuais, especialmente na tão desejada versão Cross. Também não conseguiu fazer frente à Strada, que reina no segmento desde então.

E para mostrar que essa crise estética de fato era crônica, podemos incluir a Spin (e também o Cobalt) nesta seleção. O formato de sua carroceria não combinou com os faróis grandes e todo o aparato frontal. As lanternas traseiras eram menos problemáticas, mas dizer que são bonitas seria forçar a barra. Por isso, em sua primeira personificação, a minivan recebeu o apelido carinhoso de “capivara”. Afinal, a internet não perdoa….

Criado pela subsidiária de baixo custo Dacia, o Logan tinha como maior objetivo atender ao romeno médio que precisava de espaço interno e porta-malas grande. Beleza, como podemos ver na foto acima, era totalmente opcional.

O aspecto visual que mais incomoda é a coluna C, com um vidro lateral traseiro cheio de recortes. As lanternas em formato triangular também eram horríveis e pareciam de um carro dos anos 1990. A partir de sua geração de 2014, o Logan enfim foi de patinho feio a cisne.

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Havia motivos para comprar o Symbol: preço adequado, mecânica confiável e pacote de equipamentos honesto para a proposta. Já o visual era praticamente impossível de agradar, em qualquer aspecto, com destaque para o design frontal claramente inspirado no Fluence. A área envidraçada ainda lhe conferia um estilo desengonçado, como se o carro não tivesse nascido como um sedã. Enfim, um erro…

Diferentemente de outros participantes da lista, o Ford Ka da segunda geração não era “horroroso” — só era desprovido de beleza mesmo. Foi o que a Ford conseguiu fazer mantendo plataforma e portas da primeira versão. O visual de “Fiestinha” até que combinou com sua carroceria compacta, restrita à versão de duas portas. Já a traseira passava uma impressão espartana. De qualquer forma, ainda era um carro prático e econômico para usar na cidade.

Palmas para a marca coreana SsangYong, que teve a coragem de lançar a Actyon Sports DUAS VEZES no Brasil. Na primeira passagem, em meados de 2011, a picape tinha uma dianteira inspirada em animais marinhos: miraram nos tubarões e acertaram o peixe-monstro. Depois, em 2018, importaram sua reestilização, que não chegou a ser uma aberração como a primeira, mas passou bem perto. Até hoje, é a pior picape que este que vos escreve já guiou.

Encerramos a lista com um conhecido de longa data dos brasileiros. Pode-se descrever o Fiat Doblò como um carro que sacrificou seu visual em prol da excelente proposta: podia levar até 7 pessoas, mesmo com as proporções compactas. A dianteira tinha certa desproporcionalidade, mas o que acabou com o seu visual foi a versão Adventure, que acrescentou faróis fumê, nova grade frontal e diversas proteções plásticas. Pra quê fazer isso com uma minivan, gente…

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Fonte: direitonews

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