Há alguns anos, na Polônia começaram a apelar para que a Alemanha pagasse pelas reparações devido aos danos causados ao longo da Segunda Guerra Mundial. Depois, foi criada uma comissão parlamentar especial para avaliar a quantia da remuneração.
O governo alemão, por sua vez, tem repetidamente declarado que não tem planos de pagar reparações à Polônia, por já ter as pagado. Além disso, conforme as autoridades alemãs, não há razões para pôr em dúvida a recusa das reparações feita pela Polônia em 1953.
“A soma apresentada, que reflete o valor dos danos causados, corresponde a 6 trilhões e 200 bilhões de zlotys”, disse Kaczynski, afirmando que “essa soma é absolutamente tolerável para a Alemanha”.
Além disso, o político não exclui a possibilidade de a quantia ser aumentada como resultado de futuras pesquisas.
Ao mesmo tempo, Kaczynski salientou que “a Alemanha ainda não pagou completamente pelos seus crimes em relação à Polônia“. Ele expressou a sua indignação pelo fato de muitos criminosos nazistas nunca terem sido punidos e até terem “ocupado altos cargos” na Alemanha pós-guerra.
O presidente do partido governista sublinhou que a apresentação do relatório sobre as reparações é “uma decisão de levantar a questão na arena internacional e, especialmente, nas relações alemão-polonesas”.
“A Polônia deseja receber compensação por tudo o que o Estado alemão, junto com o povo alemão, fez à Polônia nos anos de 1939 a 1945”, disse.
Nesse contexto, o analista russo Anatoly Kapustin, que é presidente da Associação Russa do Direito Internacional, disse à Sputnik que a Polônia não tem nenhum fundamento legal para exigir reparações da Alemanha, pois a questão já foi resolvida nos termos do direito internacional há muito tempo.