Política

Governador de MT defende responsabilidade fiscal e critica medidas ineficazes do governo federal para conter a inflação.

Revisão das regras das sobras eleitorais altera composição da Câmara em alguns estados, mas não afeta Mato Grosso.

QUADRO PARA 2026

O presidente do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso, Ananias Filho, admitiu nesta quarta-feira (12) que a sigla não descarta a possibilidade de reeditar a aliança com o governador Mauro Mendes (União) para as eleições de 2026. A declaração aquece os bastidores políticos, especialmente diante do embate interno sobre a sucessão ao Palácio Paiaguás.

O PL esteve ao lado de Mendes na reeleição de 2022, e a relação permanece amigável. Ananias destacou que a parceria pode ser retomada sem dificuldades, elogiando a gestão fiscal e orçamentária do governador. Para o Senado, o PL já articula a candidatura do deputado federal José Medeiros, enquanto Mendes é cotado para concorrer à outra vaga.

“Não descartamos nenhuma possibilidade do governador Mauro Mendes estar em um arco de aliança junto com o PL. É uma pessoa digna, que está fazendo um grande trabalho de gestão. Pessoas do bem têm que andar juntas”, afirmou Ananias.

SEM ISOLAMENTO

O vereador Dilemário Alencar (União) foi questionado pela imprensa nesta quinta-feira (13) se procede as críticas feitas pela vereadora Maysa Leão (Republicanos) de que o líder do prefeito Abílio Brunini (PL) exerce o cargo com estrelismo, sem diálogo, sem ser acessível e que está isolado na Câmara Municipal.

O parlamentar disse que críticas fazem parte da democracia e que a vereadora tem o direito de fazê-las, entretanto, não concorda com as críticas feitas.

“A vereadora disse que exerço o cargo de líder com estrelismo, mas isso não me incomoda, pois é natural que ao exercer o cargo de líder de um executivo, seja vereador, deputado estadual ou federal, naturalmente esse parlamentar tem maior visibilidade. Portanto, não encaro isso como estrelismo”, ponderou o vereador Dilemário.

VOTO CONTRÁRIO

PROIBIÇÃO DA ANAC

NAS REDES SOCIAIS

A morte violenta de Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, gerou grande revolta em Mato Grosso. A adolescente, que estava grávida, foi assassinada e teve o seu bebê removido de seu ventre, em Cuiabá. Lideranças femininas e autoridades políticas se manifestaram após o crime e cobram justiça para a jovem e sua filha.

A senadora Margareth Buzetti (PSD), conhecida por sua atuação em defesa das mulheres e pela aprovação de leis como o Pacote Antifeminicídio e o cadastro de predadores sexuais, manifestou sua indignação nas redes sociais.

“Gente, até onde chega a crueldade do ser humano? Meu Deus, estou até agora sem acreditar nesse crime brutal que aconteceu aqui em Cuiabá. Uma menina de 16 anos, pronta para trazer uma criança ao mundo, assassinada a sangue frio por monstros – não encontro outra palavra. E com qual objetivo? Roubar a sua filha? Atraíram a adolescente Emilly até a sua casa com a promessa de doarem roupas para a menina. Olhem o tamanho da desfaçatez, da frieza, da falta de humanidade!”, declarou a senadora.

A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, também expressou sua tristeza e clamou por punições mais severas para crimes dessa natureza.

CENÁRIO MONTADO

A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da 1ª Delegacia de Polícia de Barra do Garças e em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou, na manhã desta sexta-feira (14), a Operação Cenário Montado. O objetivo da ação é a desarticulação de um esquema criminoso de fraude em licitações públicas.

O esquema, realizado por meio de empresas do setor de produção de eventos e shows, era utilizado para fraudar processos licitatórios em diversas cidades do Estado de Mato Grosso. Entre os alvos da operação estão empresários e funcionários das empresas. Todos são suspeitos de integrar o esquema. Os envolvidos são investigados pelos crimes de fraude à licitação, lavagem de capitais, associação criminosa e falsidade ideológica.

VÁRZEA GRANDE

A prefeita por Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), declarou, durante entrevista ao Conexão Poder, do site Repórter MT, na tarde dessa quinta-feira (13), que já pagou R$ 60 milhões em dívidas deixadas pela gestão anterior com fornecedores do município. Segundo Moretti, ela assumiu o comando do Paço Municipal com dívida de R$ 144 milhões.

“Infelizmente, assumimos o município depredado e sucateado, mas estamos fazendo o possível para colocar em ordem. Entramos com R$ 144 milhões em dívidas com fornecedores e já pagamos R$ 60 milhões, dando prioridade aos serviços emergenciais como os fornecedores de medicamentos, de nutrição alimentar de escolas e unidades de saúde, entre outros. Não era conta da nossa gestão, mas tenho que cumprir essas obrigações”, relata a prefeita Flávia Moretti.

GRUPO GOVERNISTA

Deputado estadual Eduardo Botelho (União), ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, disse à imprensa que o grupo político-partidário da base de sustentação do governador Mauro Mendes (União), precisa construir a candidatura majoritária, de governador, e descartou a possibilidade de conflito por conta de duas prováveis candidaturas, a do senador Jayme Campos (União), e do vice-governador Otaviano Pivetta.

Na opinião do deputado Eduardo Botelho, é positivo o grupo ter dois nomes fortes para o embate das urnas, mas é necessário que esse grupo busque o consenso. “O momento é de construção e é importante que o grupo esteja coeso”, afirmou Botelho que enfrentou uma disputa interna na eleição municipal em Cuiabá do ano passado.

Questionado sobre os rumores de que estaria em conversações para deixar o União Brasil e se filiar no PRD, comandado em Mato Grosso pelo ex-secretário chefe da Casa Civil do Estado, Mauro Carvalho, forte aliado do governador Mauro Mendes, Botelho descartou.