Política de preços garante gasolina nacional mais cara do que a ‘gringa’


Poucos meses após o fim da ‘execrada’ desoneração tributária dos combustíveis e do abandono federal ao critério de preço de paridade internacional (ppi) – referência mundial de reajuste do petróleo e seus derivados – o litro da gasolina está, desde a última quarta-feira (4), R$ 0,01 mais caro no país que no exterior, no caso das refinarias da Petrobras, e R$ 0,04 o litro, nas refinarias privadas.

É o que apontam dados de estudo da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), divulgados, nesta sexta-feira (6), ao calcular que, pelo menos por enquanto, o óleo diesel está 6%, em média, mais barato internamente do que na região do Golfo do México, que serve de  parâmetro internacional de comercialização desse derivado pelos importadores brasileiros. Para que alcançasse paridade com o preço internacional, o litro do diesel, estima a Abicom, teria de ser reajustado em R$ 0,38.

Segundo o ‘Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade’, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o preço médio da gasolina comum, em setembro último (R$ 5,92 o litro), atingiu o maior patamar desde julho de 2022. O pico no valor do derivado nos últimos seis anos foi registrado em abril de 2022, de R$ 7,50 o litro.

De acordo com o levantamento Veloe/Fipe, em setembro, ante o mês anterior, houve aumentos menos expressivos da gasolina comum (+2,1%) e aditivada (+2,1%), seguida de reajuste menor no preço médio do etanol (+0,5%).

Em informe, o Veloe explica que “dentre os seis combustíveis, a gasolina comum/aditivada é a que sofreu maior aumento no ano: em relação ao final de 2022, a gasolina comum está 16,9% mais cara em setembro de 2023. No caso da variante aditivada, o avanço acumulado é similar (+16,2%)”.

Ao mesmo tempo, o estudo Veloe/Fipe mostra que o preço médio do diesel, nas bombas dos postos de combustíveis, registra aumento superior a 9% – que atingiu 9,9%, no caso do diesel 500, chegando a 9,2% para o diesel S10.

Primeiro tranco – O primeiro ‘tranco’ no preço dos combustíveis ocorreu em 1º de setembro, quando voltou a ser incidir a dupla tributária do PIS/Cofins, depois de esta ter sido suspensa em 2022, uma alta correspondente a R$ 0,10024 por litro. Exatamente um mês depois, uma cobrança adicional foi feita, equivalente a R$ 0,0187 por litro.

Segundo comunicado do Veloe, “no comparativo histórico, desde janeiro de 2017, o preço médio do diesel (S10 e comum) atingiu em setembro de 2023 seu maior patamar desde janeiro de 2023”. Em consequência, o preço do diesel comum (500) no mês passado chegou a R$ 6,18 e do diesel S10, R$ 6,28. No ano passado, o diesel chegou a se aproximar dos R$ 8 o litro nos postos de abastecimento no País.

Em contrapartida, levando em conta o acumulado do ano, o diesel apura queda de 4,6% em sua versão comum, e de 4,2% no caso do diesel S-10. No comparativo anual, estes apresentaram queda de 10,1% e 9,6%, respectivamente.

Fonte: capitalist

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