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A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na noite desta segunda-feira (3), mais um suspeito de envolvimento no assassinato do ex-delegado-geral de Polícia Ruy Ferraz Fontes, morto em setembro no litoral paulista.
O homem detido foi identificado como Marcos Augusto Rodrigues Cardoso, de 36 anos, conhecido como “Fiel”. Segundo as investigações, ele é integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) e o décimo preso na operação que apura o crime.
De acordo com a polícia, Marcos estava no carro modelo Logan que acompanhava os passos do ex-delegado na saída da Prefeitura de Praia Grande, onde Ruy trabalhava como secretário de Administração. Os criminosos que estavam no veículo teriam monitorado a vítima e dado o sinal para que os atiradores, em outro carro, realizassem a execução.
O ex-delegado foi morto em 15 de setembro, após sair do trabalho, atingido por ao menos 12 disparos de fuzil.
A Polícia Civil informou que ainda há pelo menos dois suspeitos diretamente ligados à execução que continuam foragidos, e que as investigações seguem em andamento para identificar os mandantes do crime.
As apurações apontam fortes indícios de que a ordem para o assassinato partiu do PCC, possivelmente de dentro de uma penitenciária. A principal linha de investigação indica que o homicídio teria sido uma retaliação à atuação de Ruy Ferraz Fontes no combate à facção criminosa durante sua carreira.
Ruy Ferraz Fontes, formado em Direito pela Faculdade de São Bernardo do Campo e com pós-graduação em Direito Civil, teve uma trajetória marcante na Polícia Civil de São Paulo. Foi delegado-geral de Polícia, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap) e atuou no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
No início dos anos 2000, quando chefiava o Deic, foi o primeiro delegado a investigar a atuação do PCC no estado. Já entre 2019 e 2022, à frente da Delegacia Geral, liderou a transferência de chefes da facção para presídios federais, em uma tentativa de enfraquecer o comando da organização dentro das prisões.
Mesmo após sua aposentadoria, em 2023, Ruy continuou sendo alvo de ameaças. Um relatório elaborado em 2024 e revelado pelo programa Fantástico mostrava planos de atentados contra autoridades paulistas, incluindo o ex-delegado.
Além da vingança do crime organizado, a polícia também não descarta outras motivações para o assassinato, como possíveis conflitos relacionados à sua atuação na Secretaria de Administração de Praia Grande.
Fonte: gazetabrasil






