Na manhã deste sábado (17), a Polícia Federal prendeu Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Duque, que estava foragido, foi localizado em Volta Redonda, na região Sul Fluminense, após um extenso trabalho de inteligência e cooperação entre as forças de segurança. O mandado de prisão definitiva foi cumprido, e Duque agora deverá cumprir 39 anos de prisão em regime fechado. Ele foi encaminhado ao sistema prisional do Rio de Janeiro, onde ficará à disposição da Justiça.
Renato Duque foi condenado em 2018 pela 13ª Vara Federal de Curitiba por crimes relacionados à Operação Lava Jato, incluindo corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As investigações revelaram que Duque recebeu propina no valor de aproximadamente 2 milhões de dólares em troca de facilitar contratos entre a Petrobras e empresas do setor petrolífero. A propina foi paga por meio da aquisição de imóveis e obras de arte, que foram posteriormente apreendidos pela Polícia Federal.
Duque havia sido condenado a uma pena total de 98 anos, 11 meses e 25 dias, mas estava foragido após a Justiça Federal de Curitiba decretar sua prisão há um mês. A captura foi resultado de uma operação coordenada pelo Núcleo de Capturas da PF no Rio de Janeiro, que rastreou e monitorou seus movimentos até localizá-lo em uma residência em Volta Redonda.
Após sua condenação em 2018, Duque recorreu à Justiça para tentar reduzir sua pena e reverter o confisco de dois imóveis no Rio de Janeiro. Em 2020, ele foi solto sob medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, com a nova determinação de prisão pela Justiça Federal, Duque foi novamente colocado sob custódia.
A prisão de Renato Duque marca mais um capítulo na longa série de condenações e prisões relacionadas à Operação Lava Jato, que desmantelou um vasto esquema de corrupção envolvendo a Petrobras e outras grandes empresas brasileiras.
Fonte: gazetabrasil