Polícia Civil do Rio diz que médicos podem ter sido assassinados por engano e crime não ser político


No curso das investigações sobre o assassinato de três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca na madrugada desta quinta-feira (5), a Polícia Civil do Rio de Janeiro apontou nesta tarde que o crime não parece ter motivação política.
A polícia indicou que os atiradores não usavam balaclava (gorro com abertura para os olhos comumente adotado em assassinatos profissionais) nem luvas, e atacaram os médicos em um quiosque sabidamente monitorado por câmeras – o que foi interpretado pela investigação como um indício de que os homicidas tinham a convicção de que o crime não seria propriamente investigado, relata o jornal O Globo.
Para a polícia, há indícios de que os médicos podem ter sido assassinados por engano. Segundo essa linha de investigação, os criminosos muito provavelmente foram à Barra da Tijuca com a encomenda de executar outros bandidos, e por isso acreditavam que a apuração sobre o episódio não levaria a nada.
Os polícias chegaram à semelhança física entre o médico Perseu Ribeiro de Almeida, de 33 anos, e o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, de 26.
Taillon de Alcântara Pereira Barbosa é filho de Dalmir Pereira Barbosa e ambos são apontados pelo Ministério Público do Rio como integrantes de uma quadrilha que atua em regiões da Zona Oeste da cidade. Em dezembro de 2020, ele teve a prisão preventiva decretada pelo crime de organização criminosa.

Documentos obtidos pela mídia revelam que Tailon Barbosa obteve livramento condicional em 25 de setembro deste ano. Segundo o processo, ele mora na Avenida Lúcio Costa, na mesma avenida onde os médicos foram assassinados e seu apartamento fica a 750 metros do quiosque onde aconteceu o crime.

Portanto, essa semelhança é uma das linhas de investigação para o triplo homicídio ocorrido. A hipótese foi apresentada ao governador, Cláudio Castro (PL) e ao secretário de Polícia Civil, José Renato Torres, em uma reunião do grupo de investigadores nesta manhã, escreve o jornal.
A hipótese de crime político passou a ser cogitada assim que se soube que um dos médicos assassinados, Diego Ralf de Souza Bonfim, era irmão da deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL) e cunhado do deputado Glauber Braga (PSOL).
O PSOL era também o partido da vereadora Marielle Franco, executada junto com o motorista Anderson Gomes em março de 2018.

Fonte: sputniknewsbrasil

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