O motorista pode misturar a gasolina aditivada com dispersantes e detergente com a gasolina comum. Essa combinação não trará problemas para o carro, contudo, não trará o efeito esperado de limpeza do sistema de alimentação de combustível.
De acordo com Silvio Shizuo, professor de Engenharia Mecânica do Centro Universitário FEI, o combustível aditivado perde parte de seu efeito pela diluição com outro combustível sem aditivos detergentes. “A eficácia dos aditivos será reduzida, podendo não limpar adequadamente o motor”, afirma.
No entanto, essa mistura pode ser benéfica para veículos mais antigos que nunca utilizaram a gasolina aditivada. “Uma mistura de gasolinas comum e aditivada pode ajudar a evitar que os depósitos soltem de uma vez, limpando o sistema de injeção e motor gradativamente”, explica.
Antes de escolher o combustível, Shizuo aconselha que o motorista verifique a recomendação para o veículo no manual do proprietário. “Há montadoras que recomendam o uso de gasolina comum pelo fato de não haver uma regulamentação detalhada, gerando incertezas quanto à composição”, diz.
Mesmo assim, o professor recomenda mesclar o uso da gasolina aditivada com a comum, priorizando a que é composta com mais ativos detergentes. Isso porque, dependendo da quantidade de depósitos no motor, é preciso abastecer ao menos três vezes com gasolina aditivada para limpá-lo completamente.
Não só pode como deve. A gasolina aditivada é a mais recomendada para usar no tanquinho. Isso porque ela contém detergentes que ajudam a manter os componentes, especialmente os bicos injetores, limpos e em perfeito funcionamento. Ela também tem prazo de validade maior, podendo permanecer no reservatório por mais tempo sem causar danos às peças.
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Fonte: direitonews