A revisão contínua do veículo é essencial para manter o bom funcionamento e prezar pela segurança de todos que estão no carro. Entre os itens que exigem manutenção e cuidado estão os pneus, únicos responsáveis por ligar o carro ao solo.
Dessa forma, a sua boa preservação é essencial para que os demais itens também se mantenham em condições ideais de uso. Mas afinal, como garantir o bom estado de conservação deles? Para isso, é preciso levar em conta alguns detalhes que eles apresentam.
Para te ajudar a entender se os pneus ainda estão bons, Autoesporte pediu dicas ao gerente de Serviços Técnicos e Pós-Vendas da Dunlop Pneus, Hugo Terazaki. Ele destaca três principais:
A legislação brasileira determina que a profundidade mínima da banda de rodagem deve ser de 1,6 mm (exceto motos, que têm limite de 0,8mm). Pneus com a banda de rodagem abaixo desse limite não oferecem a aderência e a segurança necessárias, especialmente em pisos molhados, e devem ser substituídos.
Verifique se os pneus estão desgastando de maneira uniforme. Desgastes irregulares podem indicar problemas de alinhamento, balanceamento ou até mesmo problemas mecânicos no veículo. Fazer o rodízio corretamente dos pneus também contribui para que todas as unidades do jogo se desgastem de maneira similar ao longo do tempo.
Inspeção visual em busca de cortes, bolhas, deformações ou objetos encravados é essencial. Esses danos podem comprometer a estrutura do pneu e aumentar o risco de furos, rasgos, estouros e, como consequência, acidentes.
O índice TWI (Tread Wear Indicator), que em português significa Indicador de Desgaste da Banda de Rodagem, é uma ferramenta crucial para avaliar o estado de conservação dos pneus. Esse índice consiste em pequenas elevações localizadas no fundo dos sulcos da banda de rodagem.
Quando a superfície do pneu se nivela com esses indicadores, significa que a profundidade da banda de rodagem atingiu o limite legal mínimo e, portanto, o pneu deve ser substituído.
Para “ler” o TWI, basta verificar a presença desses pequenos ressaltos dentro dos sulcos do pneu. Muitos pneus também possuem marcas nas laterais, indicando onde os TWIs estão localizados para facilitar a verificação.
“Em resumo, a manutenção regular e a atenção aos sinais de desgaste são essenciais para prolongar a vida útil dos pneus e garantir a segurança na estrada. Lembre-se de que pneus bem cuidados contribuem para a eficiência do combustível, melhoram a aderência ao piso e reduzem o risco de acidentes.” Afirma Terazaki.
Imagine que você comprou um veículo há anos, porém não usa com tanta frequência. Nesse caso, será que os pneus possuem alguma validade relacionada ao tempo?
De acordo com o especialista, pneus não possuem um prazo de validade no sentido convencional, como acontece com alimentos, por exemplo. A ideia de que pneus vencem após o término da garantia ou determinado período é um equívoco.
Nesse caso, a durabilidade de um pneu depende de diversos fatores, incluindo as condições de uso, a manutenção adequada e o armazenamento correto. Portanto, a avaliação periódica do estado dos pneus é fundamental para determinar sua vida útil”, completa o gerente de Serviços Técnicos da Dunlop.
Além disso, lembre-se que estar com os pneus em dia é uma questão financeira. Isso porque, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), transitar com pneus carecas ou em más condições é uma infração grave.
Caso flagrado rodando nessas condições, o condutor será multado em R$ 195,23 e terá cinco pontos somados na CNH, bem como poderá ter o carro retido para regularização.
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Fonte: direitonews