“Só o fato de ter China, Rússia e Brasil, [que] são países que dominam todo o ciclo do combustível nuclear inteiramente. Então tem uma grande vantagem poder intercambiar serviços. Fora isso, o que realmente é importante para os países do BRICS, além de ter essa colaboração na área tecnológica, é obter, de alguma forma, recursos para os seus projetos, o que pode ser um caminho bastante interessante se nós considerarmos que o BRICS tem o seu próprio depositário de recursos, que é através do Banco do BRICS”, afirma.
Qual a diferença entre energia nuclear e arma nuclear?
“Tem gente que pensa que a central nuclear vai explodir. Vai ser uma bomba. Isso não é o caso, nunca será. […] Chernobyl explodiu porque teve hidrogênio no teto da usina, não foi uma explosão nuclear. Foi uma explosão de hidrogênio que rompeu o teto da usina. Agora, ao romper, espalhou uma série de elementos de contaminação. Mas não é um artefato nuclear. Ele não tem a criticalidade, o impacto e a potência de um artefato nuclear, que tem que ser desenvolvido especificamente para isso.”
Plataforma sinaliza avanço na multipolaridade global
“Faz parte, na verdade, de uma questão que a gente chama […] de estratégia energética. Essa estratégia energética dos países do BRICS […], dependendo do sucesso ou não sucesso dessa estratégia, vai fazer com que isso mude ou não o cenário geopolítico”, afirma.
“Por serem mais novos, eles [pequenos reatores] realmente precisam desse movimento regulatório. Precisam que as agências, por exemplo, no caso do Brasil, a Aneel — a Agência Nacional de Energia Elétrica —, e outras agências reguladoras também tomem conhecimento de todo o processo”, afirma a especialista.
Fonte: sputniknewsbrasil