Plataforma de compra conjunta de gás da UE não conquistou a simpatia do mercado, diz mídia


De acordo com o Financial Times (FT), fonte que teve acesso aos números internos do AggregateEU — a iniciativa de compra conjunta do bloco que precisou ser estudada após a implementação de sanções do bloco à energia russa por sua operação militar especial na Ucrânia — resultou em apenas na contratação de cerca de 2% da demanda potencial.
Inspirada pela coordenação bem-sucedida do bloco para a compra de vacinas durante a pandemia de COVID-19, a ideia era fazer com que o bloco pudesse obter preços mais baixos no setor energético com o envio de pedidos equivalentes a 15% das obrigações de preenchimento e armazenamento de gás de cada membro — embora a compra real de gás permaneça voluntária.
No total, a plataforma combinou compradores e vendedores de gás para 43 bilhões de metros cúbicos de demanda, mas, de acordo com três pessoas com conhecimento dos dados confidenciais que falaram ao FT, apenas cerca de 1 bilhão de metros cúbicos de gás foi contratado e relatado à comissão.
Autoridades da UE estão discutindo agora a viabilidade e utilidade da ferramenta uma vez que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu implementá-la para mais commodities já a partir do final deste ano.
Navio petroleiro russo de gás natural líquido, Christophe de Margerie, percorrendo a Rota Marítima do Norte - Sputnik Brasil, 1920, 07.02.2024

De acordo com as empresas de energia que participaram da iniciativa, a plataforma funcionava mais como uma ferramenta de agregação de dados do que para conter a demanda para atingir preços mais baixos, com muitas delas relatando que nenhum acordo foi firmado através do mecanismo.
Apesar da alta procura das empresas pela ferramenta, o mercado não parece ter ficado muito entusiasmado, o que reduziu suas transações à facilitação de acesso de pequenas demandas que de outra forma teriam dificuldade de acessar o mercado.

“Agrupar a demanda em um consórcio maior e então adquirir gás em conjunto” apresentou dois problemas: as projeções para a demanda de gás de longo prazo na Europa são incertas, dados os esforços do bloco para coibir o uso de combustíveis fósseis e a lei de concorrência da UE, afirmou o secretário-geral do órgão da indústria Eurogas, Andreas Guth, de acordo com a apuração.

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Fonte: sputniknewsbrasil

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