“Não acho que isso complique a questão, mas acredito que certamente levanta preocupações entre alguns de nossos aliados da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte]. Ouvimos isso diretamente em nossas conversas com os aliados da OTAN”, disse Miller em uma coletiva de imprensa.
Questionado sobre a resposta à Republica Popular Democrática da Coreia (RPDC), após esta supostamente enviar tropas para participar do conflito russo-ucraniano ao lado de Moscou, o porta-voz afirmou que as consultas com os aliados ainda estão em andamento.
Zelensky apresentou seu “plano de vitória” este mês e garante que, caso seja adotado, o conflito na região poderia ser encerrado até o próximo ano.
O documento inclui cinco cláusulas e três anexos secretos. Em particular, sugere a entrada da Ucrânia na OTAN, além do fim das restrições aos ataques contra o território russo e a implantação de um “pacote abrangente de dissuasão não nuclear”.
Porém, o plano foi alvo de críticas na União Europeia e na OTAN por detalhar múltiplas obrigações para os aliados ocidentais da Ucrânia, mas sem atribuir compromissos a Kiev.
A mídia norte-americana chegou a informar, na última terça (29), que solicitou na proposta o envio de mísseis Tomahawk de longo alcance ao regime de Kiev.
As autoridades anônimas dos EUA expressaram ao The New York Times que o novo plano de Zelensky é uma exasperação irrealista e dependente quase inteiramente da ajuda ocidental.
Um alto funcionário abordou, em particular, a cláusula do plano sobre um “pacote de dissuasão não nuclear”, que não foi tornado público, mas supostamente inclui uma solicitação de mísseis Tomahawk. O funcionário considera essa solicitação totalmente inviável, conforme citado na matéria, pois o alcance de cerca de 2.400 quilômetros do Tomahawk é mais de sete vezes maior do que o dos mísseis ATACMS, que os EUA enviaram à Ucrânia este ano após longas deliberações.
Além disso, a Casa Branca hesita em enviar à Ucrânia os mísseis que acredita que podem servir a um propósito melhor no Oriente Médio ou na Ásia, já que a lista de alvos potenciais de Kiev dentro da Rússia requer muito mais mísseis do que Washington inicialmente reservou, disse o funcionário.
Fonte: sputniknewsbrasil