Desde que a fala de Bolsonaro viralizou, tem havido uma enorme mobilização nas redes em torno desse tema. Enquanto a oposição compartilha o vídeo com a hashtag “Bolsonaro é pedófilo”, aliados e apoiadores do governo fazem publicações defendendo o presidente. Como mostrou o Estadão, a executiva do PL gastou mais de R$ 140 mil em publicidades rebatendo as acusações de pedofilia.
Na manhã deste domingo, 16, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressistas), foi às redes sociais apontar o que ele chamou de desespero do PT na campanha do segundo turno. Ele lembrou que, antes de “pedófilo”, o partido já associou ao presidente as pechas de “canibal” e “genocida”. “Isso só dá a medida do desespero de vocês”, publicou. Ele encerrou a mensagem em tom de ameaça: “Aviso: maior será após a eleição”.
Também na manhã deste domingo, 16, Tebet faz uma caminhada na praia do Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para pedir votos no ex-presidente Lula, que definiu como “único candidato da democracia” na disputa presidencial.
“Veja, o presidente Bolsonaro, quando sair da cadeira, vai descer e perder o foro privilegiado, ele vai ter que responder na Justiça. Em vendo um crime, ele não deu voz de prisão, não chamou as autoridades para que pudessem intervir”, disse Tebet a jornalistas e apoiadores.
“Se ele (Bolsonaro) estava diante ali de uma situação que é considera crime pelo código penal e não denunciou, ele foi omisso e não respondeu por isso”, continuou.
Em entrevista dada na última sexta-feira ao canal do YouTube Paparazzo Rubro-Negro, Bolsonaro deu um exemplo para falar sobre a crise na Venezuela e disse que, em viagem, “pintou um clima” entre ele e refugiadas venezuelanas menores de idade.
O ato de Tebet reuniu centenas de pessoas vestidas de branco, que empunhavam bandeiras com o nome do ex-presidente Lula, na estética da campanha do petista, mas também personalizadas nas cores branco, azul e rosa.
Sobre Lula, Tebet disse que pode ter suas diferenças com o petista, mas o que os une agora seria “infinitamente maior”. Por isso, disse esperar que os votos que obteve no primeiro turno migrem para o ex-presidente.
Questionada sobre eventual ministério em um novo governo, ela foi direta. “Não preciso de cargo para servir ao Brasil”, disse.