PF investiga envolvimento de milícia em conflito armado entre grupos indígenas no sul do Brasil


A operação policial, denominada, PO’I MAG (Grande Líder) contou com cerca de 100 policiais federais e 80 policiais militares e visa coibir o intenso conflito armado entre dois grupos indígenas rivais, pela disputa da liderança da reserva.
O território tem cerca de 16 mil hectares de extensão que compõe três aldeias: Aldeia da Sede, em Nonoai/RS; Aldeia Bananeiras, em Gramado dos Loureiro, e Aldeia Pinhalzinho, no Município de Planalto.
As aldeias eram lideradas pelo mesmo cacique, mas, em março deste ano, um grupo de indígenas dissidentes declarou a “independência’ do cacicado da Aldeia Sede, de acordo com a PF.
As investigações indicam a violência pode ter recebido apoio de facções criminosas locais, tanto no que concerne ao fornecimento de armas de fogo quanto na contratação de milicianos para atuarem no conflito.
As ações violentas culminaram em quatro tentativas de homicídio e incêndios criminosos que afetaram 25 residências da Aldeia Sede, oportunidade em que diversos indígenas foram expulsos do local.
Ainda segundo as investigações da PF, em maio, ocorreu novo conflito de grandes proporções que resultou em um homicídio e duas tentativas de homicídio, além de diversos crimes de dano e disparo de arma de fogo.
As medidas judiciais realizadas com a deflagração da operação têm por objetivo fazer cessar a violência, trazendo tranquilidade e paz para a comunidade indígena e para os moradores dos municípios que integram a Terra Indígena, bem como coletar informações e provas que auxiliem na identificação de todos os envolvidos no conflito e nos crimes perpetrados.
Os crimes investigados no inquérito policial são de homicídio qualificado, constituição de milícia privada, lesões corporais, ameaças, vias de fato, incêndios criminosos, porte ilegal de arma de fogo de calibre restrito, dentre outros.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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