PF instaura inquérito para investigar crime organizado no Rio de Janeiro


O anúncio da abertura da investigação foi feito na quarta-feira (5) pelo ministro Alexandre de Moraes.

“Já instauramos inquérito policial nos termos da decisão, e agora, a partir da decisão do relator, já estamos produzindo conhecimento”, afirmou Rodrigues em entrevista à rádio CBN. “Vamos instaurar esse e tantos inquéritos quanto for necessário, para que a gente cumpra a decisão e o nosso papel lá na segurança pública do Rio de Janeiro.”

De acordo com a decisão da Corte, a apuração será dividida em duas frentes principais: esquemas de lavagem de dinheiro ligados a facções criminosas e milícias; e infiltração de organizações criminosas no poder público.
Uma apuração preliminar já estava em andamento desde agosto, segundo Rodrigues, e deve embasar a nova investigação.
Na segunda-feira (3), Moraes esteve no Rio e se reuniu com diferentes autoridades, incluindo o governador fluminense, Cláudio Castro (PL), para tratar da megaoperação da semana passada nos complexos da Penha e do Alemão, que terminou com mais de 120 mortos e foi a mais letal operação policial registrada no país.
Durante o encontro, Castro garantiu que a ação das polícias Civil e Militar cumpriu os princípios e regras determinadas pela Constituição Federal.
Ao todo, 121 pessoas foram mortas, incluindo quatro agentes de segurança. Dos 117 mortos pela polícia, 115 foram identificados, sendo 54% não naturais do estado fluminense, conforme a Polícia Civil.
Moraes é o relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) das Favelas, que estabeleceu ao governo fluminense parâmetros para garantir a segurança dos moradores e reduzir o número de mortes tanto de civis como de agentes de segurança.
Em abril, o plenário do STF concluiu o julgamento da ADPF e determinou a abertura de um inquérito pela PF, para “investigar indícios concretos de crimes com repercussão interestadual e internacional”.
A investigação preliminar foi relatada inicialmente por Edson Fachin, que era o responsável pela ADPF das Favelas. Quando Fachin assumiu a presidência do STF, no fim de setembro, seus processos foram repassados para Luís Roberto Barroso, que deixou o posto. Moraes então assumiu, de forma provisória, o caso.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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