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A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quarta-feira (12) dez pessoas, incluindo um delegado e quatro policiais civis, suspeitas de integrarem um esquema de corrupção e extorsão envolvendo o Primeiro Comando da Capital (PCC). As investigações apontam que os acusados teriam atuado para o grupo criminoso, com o objetivo de extorquir bens e dinheiro do delator Vinícius Gritzbach, morto em uma execução a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo em novembro do ano passado.
O esquema criminoso, que foi desmantelado durante a Operação Tacitus, deflagrada em dezembro, envolvia a manipulação e o vazamento de investigações policiais, além da venda de proteção a membros do PCC e a facilitação de um esquema de lavagem de dinheiro. A operação foi realizada com apoio da Corregedoria da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.
Entre os indiciados, estão o delegado Fabio Baena, acusado por Gritzbach, em sua delação premiada, de extorsão. Na ocasião, Baena estava à frente de uma investigação sobre o envolvimento de Gritzbach no assassinato de dois membros do PCC. Além dele, os policiais civis Eduardo Monteiro, Marcelo Ruggeri e Marcelo Marques de Souza, conhecido como Marcelo “Bombom”, também foram indiciados. Outro policial envolvido é Rogério de Almeida Felício, apelidado de “Rogerinho”, que também prestava serviços de segurança ao cantor sertanejo Gusttavo Lima.
Além dos policiais, outros três suspeitos foram identificados: Ademir Pereira Andrade, Ahmed Hassan e Robinson Granger de Moura, conhecido como “Molly”.
Após as prisões temporárias, que ocorreram em 17 de dezembro de 2024, a PF solicitou à Justiça a conversão dessas prisões para preventivas, sem prazo determinado. Em sua defesa, os advogados de alguns dos acusados alegaram que as prisões são “arbitrariedades” e que as investigações relacionadas aos fatos já haviam sido arquivadas anteriormente. Eles ainda afirmaram que os envolvidos não causaram embaraços durante as investigações e que a Justiça será capaz de comprovar sua inocência.
O caso segue sob investigação, e a Polícia Federal e o Ministério Público continuam a apurar o envolvimento dos suspeitos em atividades criminosas relacionadas ao PCC e outras organizações ilícitas.
Fonte: gazetabrasil