A Polícia Federal da Argentina realizou nesta segunda-feira
(13) uma operação em 27 imóveis pertencentes a organizações sociais do país que
são suspeitas de terem extorquido beneficiários de programas sociais para que
participassem de manifestações contra o governo Javier Milei.
Segundo informações do site Perfil, na operação, autorizada
pela Justiça Federal argentina, foram apreendidos dispositivos eletrônicos dos suspeitos,
formulários, documentação relacionada a programas sociais, comprovantes de
pagamento, entre outros itens. Os investigados foram intimados a prestar
depoimento.
A denúncia aponta que os acusados teriam “exigido
coercivamente que os beneficiários de programas sociais participassem de
marchas e manifestações públicas e/ou entregassem parte do dinheiro, sob
advertência expressa em alguns casos de ‘cancelamento do plano’”. Ao todo, foram
registrados 924 casos na linha de denúncia 134.
No X, a ministra da Segurança da
Argentina, Patricia Bullrich, escreveu que a “extorsão tem consequências”.
“Esta é a primeira vez na história que é feita uma operação contra
organizações – incluindo Jeremías Canteros, membro do conselho nacional do Polo
Obrero – que extorquiram pessoas para irem a protestos. Todas as informações foram
recebidas na Linha 134, fornecidas pelos cidadãos extorquidos, e isso nos
mostra o caminho para a liberdade dessas pessoas. Acabou essa história de se
aproveitar do povo para financiar negócios espúrios”, afirmou Bullrich.
Outras organizações investigadas são o movimento Barrios de
Pie e a Frente de Organizaciones en Lucha (FOL).
De acordo com o Perfil, também está sendo investigado se essas organizações sociais teriam pedido aos beneficiários que vendessem alimentos e produtos de programas sociais e se os envolvidos teriam canalizado “recursos ilícitos provenientes da extorsão” por meio de cooperativas. A promotoria pediu a quebra do sigilo fiscal e bancário dos suspeitos.
Fonte: gazetadopovo