Peugeot 208 GT: 5 razões para comprar e 5 para pensar bem


O Peugeot 208 está em sua segunda geração no Brasil. Disponível em quatro versões na linha 2025, o hatch compacto é rival de modelos de peso no mercado nacional como Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Volkswagen Polo.

Mesmo não figurando no topo das vendas, o hatch entrega boas soluções contra os concorrentes. Os preços partem de R$ 81.490 e alcançam R$ 124.990, no caso da versão GT. Autoesporte testou a configuração topo de linha e agora separa cinco razões que justificam a compra do hatch, e outras cinco que fazem o consumidor pensar duas vezes. Confira!

Após a despedida do veterano motor 1.6 EC5 aspirado, o Peugeot 208 passou a ser equipado com dois conjuntos mecânicos de origem Fiat. O primeiro é o 1.0 Firefly aspirado flex de 6 válvulas, que rende 75 cv de potência e 10 kgfm de torque, aliado a um câmbio manual de cinco marchas, que tem respostas mais comedidas.

Entretanto, o grande destaque da linha é a opção Turbo 200, presente nas versões mais caras, como a GT. Esse conjunto 1.0 turbo flex de 12V equipa outros carros do grupo Stellantis. Tem potência de 130 cv e 20,4 kgfm de torque, atrelado a um câmbio automático do tipo CVT que simula sete marchas. Nesse caso, o 208 fica mais esperto, entregando melhores retomadas e acelerações. O 0 a 100 km/h oficial de 9 segundos resume bem o seu desempenho.

O conjunto da obra, vulgo dinâmica, agrada muito no Peugeot 208 GT. É um carro bem acertado e confortável para dirigir na estrada, por exemplo. A suspensão, McPherson na dianteira e por eixo de torção na traseira, se comporta muito bem, dando estabilidade ao carro. Mas, vale mencionar que, na cidade, o motorista sente mais as imperfeições da via do que o desejado.

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O consumo do Peugeot 208 é outro ponto positivo. Pode não impressionar, mas faz boas médias. Segundo o Inmetro, nas versões turbo, o hatch faz 8,8 km/l na cidade e 10,1 km/l na estrada, quando abastecido com etanol. Já com gasolina, sobe para 12,6 km/l e 14,3 km/l, respectivamente.

Algo que senti durante o tempo que fiquei com o hatch é que, sabendo dosar o pedal do acelerador, é possível alcançar médias maiores no ciclo urbano.

Não, você não leu errado. Embora os principais rivais não ofereçam teto panorâmico nem mesmo como um opcional, o Peugeot 208 tem esse item de série na versão GT. Além disso, também está disponível como extra no pacote “Pack Advance” por R$ 7 mil para a versão Allure, que também inclui bancos de tecido com costura cinza e volante revestido de couro.

Terminando as razões para comprar está o acabamento. Embora esteja no padrão do segmento, o Peugeot 208 traz plásticos de boa qualidade e todo o desenho interno deixa o modelo mais luxuoso. Exemplo disso são os bancos, que na versão GT têm um design mais esportivo com costuras verdes neón.

Adicionamos a ergonomia como um ponto controverso, pois divide muito as opiniões. É literalmente um ame-o ou odei-o. O Peugeot 208 traz o conceito i-Cockpit na cabine, que traz um rearranjo na posição de dirigir. Então, o volante é menor e o painel de instrumentos fica posicionado na altura dos olhos.

Embora a proposta agrade muitas pessoas, que conseguem encontrar uma boa posição de dirigir, outras comentam sobre a dificuldade de achar uma posição onde a visualização e a postura confortável estejam alinhados. Portanto, um debate em aberto.

O primeiro ponto que deixa a desejar no hatch compacto é o espaço interno. No tamanho, o Peugeot 208 tem 4,05 metros de comprimento, 1,74 m de largura, 1,45 m de altura e distância entre-eixos de 2,54 m. Para quem vai na segunda fileira, o espaço é mais apertado, ainda mais para os joelhos. Pessoas com altura a partir de 1,70 m, por exemplo, vão se sentir desconfortáveis no habitáculo.

Além disso, vale mencionar que o hatch compacto serve melhor quatro pessoas do cinco, já que o túnel central é mais proeminente. Apenas uma criança conseguiria se acomodar no assento do meio, que também é levemente elevado. Além disso, não há uma sequer porta USB ou saída de ar, itens já presente em alguns concorrentes.

Mas, o que realmente incomoda no 208 é a capacidade do porta-malas de 265 litros. É inferior ao de praticamente todos os rivais. Hyundai HB20 e Volkswagen Polo, por exemplo, oferecem 300 litros. Já o Chevrolet Onix, que mudará em breve no Brasil, oferta 275 litros de volume.

O Peugeot 208 traz um sistema ADAS de segurança ativa mais limitado. Mesmo na versão topo de linha, não há recursos como piloto automático adaptativo (ACC) ou alerta de ponto cego. Frenagem autônoma de emergência e assistente de permanência em faixa estão até presentes, mas apenas na configuração mais cara.

Outro item presente no Peugeot 208 é a câmera de ré com visão 360° que, sim, é um item facilitador de vida para o motorista. Entretanto, no hatch compacto, a resolução da câmera é muito baixa, além da demora para carregar as imagens periféricas.

Por fim, vale mencionar que, embora adote um painel de instrumentos digital 3D nas versões topo, o cluster do Peugeot 208 GT não traz tantas informações e configurações acessíveis para o condutor. Além disso, algumas pessoas podem achar difícil a visualização.

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Fonte: direitonews

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