Peugeot 208 1.6 sai de linha e motor se despede da marca após 25 anos


Em maio, noticiamos em primeira mão que a Stellantis, dona das marcas Fiat, Peugeot, Citroën e Jeep planejava tirar de linha progressivamente o antigo motor 1.6 EC5 da sua linha de produtos. Agora, Autoesporte confirmou que a Peugeot está deixando de usar o conjunto veterano no Brasil depois de 25 anos.

O chefe de marketing da Peugeot, Rafael Filon, afirmou em entrevista que o novo 208, que chega às lojas nas próximas semanas, não vai mais ser oferecido com motor 1.6 no mercado nacional. Como o SUV compacto 2008 seguiu por esse mesmo caminho, não há mais carros da Peugeot equipados com o EC5 à venda no Brasil.

Esse já era um movimento esperado, já que a linha 2024 do 208, a última antes da reestilização, trazia apenas a variante Roadtrip com o motor 1.6 de 118 cv de potência e 16,1 kgfm de torque. Atualmente, ela nem aparece mais no site da marca. As únicas motorizações disponíveis são 1.0 aspirado de 75 cv e turbo, de 130 cv.

+ Quer receber as principais notícias do setor automotivo pelo seu WhatsApp? Clique aqui e participe do Canal da Autoesporte.

O único outro modelo a usar o 1.6 EC5 no Brasil atualmente é o Citroën C4 Cactus (o C3 também acaba de abandonar esse propulsor). Entretanto, o SUV compacto deixará de ser produzido nos próximos meses para abrir caminho na fábrica de Porto Real (RJ) para o Basalt. O SUV cupê, por sua vez, será movido apenas por motores Fiat: 1.0 aspirado e turbo, os mesmos do 208 atual.

Porém, ainda que o 1.6 EC5 esteja se despedindo do Brasil, a Stellantis garante que a linha de produção de motores na fábrica de Porto Real seguirá produzindo o conjunto e aplicando em veículos destinados a importação. O Aircross, por exemplo, é vendido na Argentina com essa motorização. O mesmo deve acontecer com o 208.

Ainda que a Stellantis garanta a continuidade do EC5, as perspectivas para o futuro do veterano 1.6 não são tão positivas. A empresa anunciou R$ 454 milhões para modernizar a fábrica de motores de Betim (MG).

Isso explica por que a Stellantis está investindo no aumento da capacidade produtiva da unidade fabril, que produz tanto os propulsores 1.0 e 1.3 GSE turbo quanto os 1.0 e 1.3 Firefly aspirados.

A planta também passará a montar as três variantes híbridas dos motores GSE turbo, começando pelas opções Bio-Hybrid (híbrida leve, a ser aplicada nos Fiat Pulse e Fastback) e Bio-Hybrid e-DCT (híbrida plena, que estará nos Jeep Compass e Commander). Ou seja, o 1.6 EC5 está mesmo fadado a ser descontinuado em um futuro não muito distante.

Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.

Fonte: direitonews

Anteriores Fux mantém decisão do STJ que anulou delação de advogado contra cliente
Próxima Na mira dos bandidos: Motorista reage e dá ré para escapar de assalto na principal via do Rio