Em meio a um mercado ‘nervoso’, os preços do petróleo, nessa terça-feira (6) caíram aos menores níveis do ano, em que o tipo Brent (referência internacional) fechou a sessão abaixo de US$ 80 o barril (pela segunda vez em 2022), ante à ‘fuga’ de investidores, assustados com a volatilidade dos negócios, ante à continuidade do conflito na Ucrânia e o agravamento da crise energética europeia.
De igual forma, os contratos futuros do Brent recuaram 4% (US$ 3,33) para US$ 79,35 o barril, enquanto os futuros do WTI encolhiam 3,5% (US$ 2,68) a US$ 74,25 o barril, em seu menor patamar do ano.
Essa foi a terceira vez que os preços das commodities baixaram mais de 1%, o que praticamente afastou a possibilidade de ganhos neste ano. O tombo do Brent nessa terça traduz a maior queda diária, desde o final de setembro, quando o barril havia sido negociado a US$ 62, marcando a maior oscilação da commodity, depois do colapso financeiro de 2008.
Na avaliação do principal analista de petróleo da Kpler, Matt Smith, “foram três dias e tanto – com a Opep+ decidindo não cortar mais a produção no domingo, o início sem força do teto de preços e sanções para a Rússia ontem e uma derrota nos mercados de ações hoje, os especuladores de petróleo estão cobrando pelas saídas em meio a uma fuga de ativos de risco”.
Para complicar mais ainda o cenário global, o setor de serviços na China caiu ao menor patamar em seis meses, além da desaceleração econômica no velho continente, que sente o peso do alto custo da energia e da elevação dos juros na região.
Fonte: capitalist
