Alvo de críticas e ações judiciais por entidades ambientalistas, a maior petroleira brasileira mudou o foco exploratório do combustível fóssil para outra matriz energética limpa, a eólica.
A energia que vem dos ventos atraiu a estatal, que agora se dispõe a estudar a viabilidade de sete projetos de energia eólica offshore na costa brasileira.
Na mira da Petrobras estão os parques eólicos com maior potencial, nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, cuja previsão é a geração de até 14,5 gigawatts (GW) de energia.
Em cooperação com a estatal, a Equinor – que atua no país desde 2021 – será responsável pela análise de viabilidade, que abrange questões técnicas, econômicas e ambientais. Já em 2018, ambas as empresas já haviam celebrado parceria, com vistas à implantação de dois parques eólicos, situados na divisa entre os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Aracatu I e II).
Já o acordo deste ano contemplaria a análise dos parques de Mangara, no Piauí; Ibitucatu, no Ceará; Colibri, no Rio Grande do Norte/Ceará; e Atobá e Ibituassu, no Rio Grande do Sul. O prazo de vigência vai até 2028.
Sobre a iniciativa, o diretor-executivo da Equinor, Anders Opedal acentuou que “estamos felizes em expandir nossa colaboração para renováveis, possibilitando uma ampla oferta de energia no Brasil. Juntos, estamos engajados ativamente para contribuir com a realização da energia eólica offshore e da transição energética do Brasil, criando as condições iniciais necessárias para que a energia renovável se desenvolva de maneira sustentável”.
Segundo o presidente da estatal, Jean Paul Prates, “o acordo vai abrir caminhos para uma nova fronteira de energia limpa e renovável no Brasil, aproveitando o expressivo potencial eólico offshore do nosso país e impulsionando nossa trajetória em direção à transição energética”.
Entre suas metas ambientais, a Petrobras pretende neutralizar as emissões de gases do efeito estufa em atividades sob controle da companhia, até 2050. Integrante do plano estratégico da estatal, correspondente ao período entre 2023 e 2027, a energia eólica atende a finalidade de diversificar a matriz energética brasileira, a partir de uma energia renovável.
Entre as vantagens comparativas e logísticas da alternativa energética, a Petrobras alega que a energia eólica em alto-mar associa alta velocidade e estabilidade dos ventos, sem interferência de barreiras geográficas naturais, nem de construções urbanas.
No paralelo, a estatal desenvolve testes da ‘Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore’ (chamada de Bravo), em projeto com a parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) no Rio Grande do Norte e em Santa Catarina.
Fonte: capitalist