Em meio a dúvidas quanto à continuidade da atual política de distribuição de dividendos, a Petrobras (PETR4) divulga hoje (1º) seu balanço no quarto trimestre de 2022 (4T22), mediante a previsão de ofertar aos acionistas, proventos no montante de US$ 5 bilhões até US$ 6 bilhões.
Em nota, o banco BBA assinala que “ainda assim, dado que a atual política de dividendos da empresa não está em seu estatuto social e considerando que a empresa já pagou mais do que a média em 2022, a Petrobras poderia também optar por não pagar quaisquer dividendos sobre este trimestre”.
Pela previsão de analistas do BBA, a companhia deverá reportar, no 4T22, um lucro de R$ 40 bilhões, o que corresponde a uma alta anual de 27,6%, ao passo que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização), que representa o principal indicador de caixa operacional da companhia, poderá atingir R$ 81 bilhões, o equivalente a um aumento de 9,1%, ante o quatro trimestre de 2021 (4T21).
Com uma visão mais ‘construtiva’ a respeito da questão do pagamento de dividendos, analistas do Credit Suisse entendem que a União, como maior acionista, é beneficiária direta do pagamento de dividendos, tendo em vista contribuir para reequilibrar a balança fiscal do país. Tal empenho, porém, pode ‘esbarrar’ numa eventual decisão contrária à distribuição, por parte do conselho de administração da estatal. A aposta de analistas é de que há, ao menos, 56% de chances de a distribuição dos proventos do último quarto do ano passado ocorrer, de fato.
Na véspera (28), as ações da Petrobras (PETR4; PETR3) operaram em forte queda, com as ações preferenciais e ordinárias caindo 2,26% e 3,19%, cotados a R$ 25,55 e R$ 29,10, respectivamente. O revés acionário da estatal, de acordo com especialistas, se deve a dois fatores determinantes, como o anúncio da estatal, de redução do preço da gasolina e do diesel, vendidos pela petroleira às distribuidoras e a possibilidade de mudanças na atual política de dividendos da empresa.
Fonte: capitalist