Após uma longa espera, após a experiência frustrante com o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) – destroçado por escândalos de corrupção – a Petrobras finalmente anunciou, nesta segunda-feira (26) a aprovação do projeto de engenharia para implantação de unidades de produção de combustíveis e lubrificantes no Polo Gaslub, em Itaboraí (RJ).
A previsão é de que o novo conjunto de unidades tenha capacidade aproximada de produzir 12 mil barris por dia (bpd) de óleos lubrificantes de Grupo II, além de 75 mil bpd de diesel S-10 e 20 mil bpd de querosene de aviação (QAV-1), de baixíssimo teor de enxofre.
De acordo com o comunicado da petroleira, em sequência ao processo de aprovação de projetos da companhia, serão realizados estudos de engenharia, tendo em vista ‘apoiar’ a decisão final de investimento, assim como dar início à fase de contratações necessárias ao início das obras.
Ao informar que, “após estudos de diversos escopos, foi aprovada a opção com potencial de gerar mais valor à companhia e à sociedade”, a estatal se esquivou de fornecer mais detalhes sobre o montante de investimentos que serão realizados.
Sobre a iniciativa, a estatal esclareceu que “a implantação da planta de lubrificantes e combustíveis do GasLub integra a estratégia da Petrobras para expansão e adequação de um parque de refino mais moderno, com produtos de maior valor agregado”.
Atualmente, o projeto do Polo GasLub (ex-Comperj) compreende as unidades de Hidrocraquamento Catalítico (HCC), de Hidrotratamento (HDT), de Desparafinação por Izomerização por Hidrogênio (HIDW), unidades auxiliares, entre outras.
Além do “uso adequado e rentável de grande parte das instalações e unidades do ‘antigo Comperj’ – cujas obras sofreram paralisação, devido aos casos de corrupção investigados pela Operação Lava Jato” – o projeto permitirá às novas unidades viabilizar o processamento de correntes intermediárias oriundas da refinaria Reduc (Duque de Caxias), eliminando restrições operacionais.
De acordo com o plano de investimentos da Petrobras, para o período de 2023 a 2027, os aportes para as áreas de refino e gás natural devem chegar a US$ 9,2 bilhões, dos quais a metade desse montante se destinará à melhoria da qualidade e eficiência das refinarias. Outros US$ 64 bilhões serão investidos na área de exploração e produção de petróleo – a maior parte (67%) para o pré-sal.
Fonte: capitalist