O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, ameaçou novamente nesta terça-feira (26) romper relações diplomáticas com Israel se o país não cumprir a resolução que exige um cessar-fogo na Faixa de Gaza, aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU, nesta segunda (25).
“Se Israel não cumprir a resolução de cessar-fogo das Nações Unidas, romperemos relações diplomáticas”, disse o líder colombiano, defensor da causa palestina, em sua conta na rede social X.
A declaração foi feita um dia depois do esquerdista solicitar à comunidade internacional que rompa relações com Israel caso não seja estabelecida a trégua que, pela primeira vez, o Conselho de Segurança da ONU exigiu para a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
“Finalmente, uma resolução de cessar-fogo em Gaza sai do Conselho das Nações Unidas por unanimidade”, declarou Petro, que ignorou a abstenção dos Estados Unidos na votação da resolução.
Não é a primeira vez que o presidente colombiano fala em congelar as relações com Israel desde o início da guerra, sobre a qual Petro tem sido muito crítico com suas opiniões. Já em outubro do ano passado ameaçou suspendê-las, embora até esse momento estes avisos não tenham se concretizado.
As ameaças aumentaram a tensão entre os dois países, que chegaram a convocar os seus representantes diplomáticos e levaram a vários desentendimentos relacionados com a posição de Petro, que acusou o Estado israelense de “genocídio”.
De fato, no último mês de fevereiro, Petro anunciou que a Colômbia estava suspendendo todas as compras de armas de Israel em resposta ao suposto ataque perpetrado durante uma distribuição de alimentos e ajuda humanitária na Cidade de Gaza, onde mais de uma centena de pessoas morreram. Autoridades israelenses negaram essa afirmação.
Ministro israelense acusa Petro de apoiar o Hamas
Em resposta às novas ameaças de Petro, o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, acusou nesta terça-feira (26) o presidente da Colômbia de apoiar o Hamas, o que descreveu como uma “vergonha para o povo colombiano”.
Em mensagem na rede social X, Katz disse que “o apoio do presidente da Colômbia aos assassinos do Hamas que cometeram massacres e crimes sexuais horríveis contra bebês, mulheres e idosos é uma vergonha para o povo colombiano”. (Com Agência EFE)
Fonte: gazetadopovo