O estudo sugere que foi encontrada uma estratégia promissora de clonagem para primatas através da substituição de um tipo de célula que ajuda a fornecer nutrientes ao embrião, melhorando a compreensão dos mecanismos de clonagem reprodutiva em primatas e sua eficiência.
O macaco foi batizado de ReTro, em homenagem ao método científico empregado para criar o animal chamado de substituição trofoblástica (trophoblast replacement, em inglês).
Ele é o primeiro dessa família de primatas clonado a atingir a idade adulta e faz parte do projeto de pesquisa do Centro de Excelência em Ciência do Cérebro e Tecnologia de Inteligência e do Instituto de Genética e Biologia do Desenvolvimento da Academia Chinesa de Ciências.
Através da substituição da placenta do embrião clonado por outra de um embrião produzido por uma técnica de fertilização in vitro, os cientistas reduziram o risco de defeitos no desenvolvimento que podem prejudicar a sobrevivência do embrião, utilizando menos embriões e mães substitutas.
A nova técnica poderia possibilitar o uso de primatas clonados em testes de drogas e pesquisas comportamentais.
De acordo com o estudo, com os métodos tradicionais de clonagem, a maioria dos mamíferos tem taxas de natalidade viva extremamente baixas, entre 1% e 3%, com altas taxas de mortalidade de embriões e recém-nascidos.
Estudos anteriores indicaram que leitões e camundongos clonados apresentaram estruturas placentárias anormais em comparação com as derivadas de inseminação artificial, e embriões bovinos e ovinos sofreram perdas fetais devido a defeitos placentários.
Macacos sobreviventes obtidos através de métodos de reprodução assistida foram relatados nos Estados Unidos já na década de 1980. Em 2017, o primeiro macaco clonado do mundo nascia na China. A nova tecnologia pode ser potencialmente usada para construir modelos animais de primatas com antecedentes genéticos e genótipos consistentes para aplicações em pesquisas biomédicas, sugere a pesquisa.
A plataforma de primatas não humanos do Instituto de Neurociências da Academia Chinesa de Ciências está localizada na ilha de Xishan, em Suzhou, província de Jiangsu.
Macacos Rhesus
Os macacos Rhesus são encontrados na natureza na Ásia, no Afeganistão, Índia, Tailândia, Vietnã e China. São comumente utilizados em experimentos para estudar infecções e imunidade devido à sua semelhança genética com os humanos.
Fonte: sputniknewsbrasil