Pesquisadora revela assinaturas ocultas em copos de vidro da Roma Antiga (FOTOS)


A historiadora da arte e sopradora de vidro Hallie Meredith, da Universidade Estadual de Washington (Estados Unidos), fez uma descoberta inesperada ao analisar copos de vidro romanos no Museu Metropolitano de Arte, em Nova York, em fevereiro de 2023, ao simplesmente virar uma das peças — objetos luxuosos esculpidos entre os séculos IV e VI.

“Como sou treinada como artesã, eu queria virar tudo de cabeça para baixo. Quando faço isso, surgem padrões que todo mundo literalmente fotografou fora do enquadramento”, afirmou a pesquisadora.

© Foto / Museu do Vidro de CorningCopo de vidro romano com símbolos, EUA.

Copo de vidro romano com símbolos, EUA - Sputnik Brasil

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Copo de vidro romano com símbolos, EUA.
CC0 / Vassil / Taça de Munique, peça de vidro do período romano tardio, segunda metade do século IV d.C.

Taça de Munique, peça de vidro do período romano tardio, segunda metade do século IV d.C. - Sputnik Brasil

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Taça de Munique, peça de vidro do período romano tardio, segunda metade do século IV d.C.
CC BY-SA 4.0 / Raimond Spekking / Copo de vidro romano com um brinde grego.

Copo de vidro romano com um brinde grego - Sputnik Brasil

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Copo de vidro romano com um brinde grego.
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Copo de vidro romano com símbolos, EUA.
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Taça de Munique, peça de vidro do período romano tardio, segunda metade do século IV d.C.
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Copo de vidro romano com um brinde grego.
A partir dessa observação, Meredith iniciou uma investigação mais ampla. Ela identificou símbolos recorrentes em diferentes recipientes esculpidos, sugerindo tratar-se de marcas de oficinas e artesãos — uma espécie de assinatura coletiva.

“Não eram autógrafos pessoais. Eram o equivalente antigo de uma marca“, destacou.

A pesquisadora defende que os delicados diatretas — copos formados por duas camadas conectadas por finas pontes de vidro — eram produzidos por equipes coordenadas de gravadores, polidores e aprendizes, e não por mestres solitários.
Moedas de ouro (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 13.11.2025

Seu trabalho também desafia debates antigos sobre as técnicas de produção desses objetos, frequentemente discutidas apenas em termos de sopro, esculpimento ou moldagem. Para Meredith, compreender essas peças exige reconhecer quem estava por trás delas.
Ela explora esse universo mais amplo dos artesãos romanos em sua próxima monografia, “Os Artesãos Romanos da Antiguidade Tardia”, prevista para 2026 ou 2027. Ela também trabalha com estudantes de ciência da computação na criação de um banco de dados para rastrear escritas não padronizadas — como erros ortográficos e alfabetos mistos — em milhares de objetos portáteis.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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