Descongestionamento e estímulo econômico
“Efeitos comuns à instalação de megaprojetos, como a geração de empregos diretos e indiretos e novas oportunidades de comércio não somente para o Peru, mas também para outros países da América do Sul […]. O porto tem o potencial de funcionar como uma espécie de hub logístico para outros países da América do Sul, como o Equador e a própria Colômbia”, pontua.
“O porto [de Chancay] amplia a capacidade de conexão da região com os países asiáticos, em vez de promover necessariamente a interconexão entre os países sul-americanos. Essa tendência é acentuada devido às numerosas deficiências infraestruturais e à falta de complementaridade produtiva que caracterizam as nações da região”, sublinha.
Nova Rota da Seda: reconfigurando investimentos na América Latina
“O projeto de expansão chinesa com investimentos na América Latina tem o potencial de reconfigurar a correlação de investimentos recebidos pelos países latino-americanos, alterando o tradicional equilíbrio de poder […]. No entanto, dados da CEPAL [Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe] referentes a 2023 indicam que os Estados Unidos mantêm uma participação significativa de 38% nos investimentos estrangeiros diretos na região da América Latina, seguidos pela União Europeia, com 17%”, destaca.
Desafios da dependência e complexidade econômica
“Ao mesmo tempo em que os investimentos chineses podem contribuir em alguns aspectos para o crescimento econômico e a geração de infraestrutura nos países latino-americanos, seja por meio da expansão da Nova Rota da Seda ou por meio de relações bilaterais, há uma tendência de incentivar a manutenção de uma condição agrária-exportadora para os países da América Latina.”
O Brasil e a redução no tempo de produção
“O megaprojeto cria um chamado para que os países da América Latina e, inclusive o Brasil, busquem investimentos chineses para a construção de infraestrutura própria, assim como fortalece a presença da China na América Latina.”
Fonte: sputniknewsbrasil