Pesquisa sugere que musculação pode aumentar expectativa de vida


A prática frequente de exercícios físicos é benéfica para a saúde geral do organismo, contribuindo para o controle da diabetes e da pressão sanguínea e aliviando sintomas de depressão e ansiedade, por exemplo. Mas pesquisadores da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, indicam que a musculação, em especial, pode aumentar a expectativa de vida, especialmente quando conciliada a exercícios aeróbicos.

O estudo observacional foi publicado no dia 27/9, na revista British Medical Journal, e contou com dados de quase 100 mil pessoas de 60 a 70 anos. Elas foram acompanhadas ao longo de 10 anos e deveriam preencher questionários anuais sobre a prática de exercícios físicos de musculação e aeróbicos.

Na observação dos pesquisadores, pessoas que disseram levantar pesos uma ou duas vezes na semana sem realizar nenhum outro tipo de exercício tiveram uma queda de até 22% no risco de morrer precocemente por doenças, com exceção de câncer. Quem só realizava exercícios aeróbicos, por sua vez, tinha 34% menos chances de morte precoce.

Pessoas que praticavam os dois tipos de exercícios semanalmente apresentaram os melhores resultados, com risco até 47% menor em comparação aos sedentários.

“Os resultados são ainda mais importantes para mulheres, porque elas apresentaram mais benefícios com o levantamento de peso do que os homens. Para além do nosso estudo, percebemos que a musculação melhora também a massa muscular e torna os músculos mais saudáveis”, explica a professora de saúde e autora do artigo, Jessica Gorzelitz, na publicação.

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A pesquisadora destacou ainda que os exercícios não somente aumentam a expectativa de vida, como também melhoram a qualidade dela. A equipe de estudiosos aponta que os resultados confirmam as recomendações do governo norte-americano para a realização de 150 minutos de exercícios moderados por semana.

Limitações

Apesar de o estudo observacional ter apresentado resultados positivos, ele apresenta diversas limitações. O grupo de Gorzelitz não conseguiu analisar a intensidade e outras características particulares dos exercícios de fortalecimento muscular. Outra restrição para conclusões foi o fato de a análise contar com pessoas mais velhas — os cientistas apontam que é preciso realizar mais análises com adultos mais jovens.

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