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Um novo estudo internacional confirmou, pela primeira vez, quanto exercício semanal é necessário para reduzir o risco de câncer digestivo e mortes associadas. Pesquisadores da Universidade de Harvard (EUA), em colaboração com instituições do Brasil, Chile e Coreia do Sul, descobriram que atingir uma determinada quantidade de atividade física já proporciona proteção, sem a necessidade de esforço excessivo.
Segundo os pesquisadores, a recomendação equivale a aproximadamente cinco horas de caminhada rápida ou duas horas de corrida por semana. “A chave está na constância, não em se esforçar ao limite todos os dias ou em rotinas extremas”, destacaram, em artigo publicado na revista JAMA Oncology.
Sobre o câncer digestivo
O câncer digestivo inclui tumores do trato digestivo, como boca, garganta, esôfago, estômago, intestinos, cólon e reto, além de órgãos como pâncreas, vesícula e fígado. Ele representa quase um terço de todos os cânceres e cerca de 40% das mortes por essa causa no mundo.
Fatores como sobrepeso, tabagismo, consumo de álcool e má alimentação aumentam o risco. A atividade física surgiu como uma possível proteção, pois ajuda a manter o peso, reduz a inflamação, equilibra os níveis de insulina e fortalece as defesas do corpo.
Como foi o estudo
Antes desta pesquisa, não havia clareza sobre a quantidade de exercício semanal necessária nem por quanto tempo o hábito deveria ser mantido para garantir proteção real contra o câncer digestivo.
Os pesquisadores analisaram mais de 231.000 adultos livres de câncer e doenças cardíacas no início do estudo, utilizando registros de três grandes grupos nos Estados Unidos:
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Estudo de Acompanhamento de Profissionais de Saúde
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Estudo de Saúde de Enfermeiras
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Estudo de Saúde de Enfermeiras II
Os voluntários responderam questionários a cada dois anos sobre seus níveis de exercício, medidos em horas MET por semana, durante acompanhamentos que, em alguns casos, duraram até 32 anos.
A constância foi avaliada não apenas pela quantidade de exercício, mas também pela proporção de anos em que a pessoa atingiu pelo menos 7,5 horas MET por semana.
Resultados
Durante o período de acompanhamento, foram registrados 6.538 casos novos de câncer digestivo e 3.791 mortes associadas.
O grupo mais ativo apresentou risco até 27% menor de desenvolver câncer digestivo em comparação ao grupo menos ativo. O benefício não dependia de exageros: o efeito se estabilizou em cerca de 50 horas MET por semana, e superar amplamente essa meta não trouxe vantagens adicionais.
O estudo reforça que a regularidade do exercício é mais importante que a intensidade extrema, oferecendo uma estratégia simples e eficaz para a prevenção do câncer digestivo.
Fonte: gazetabrasil






