Castillo discursou nesta terça-feira (20) durante a 77ª sessão da Assembleia Geral da ONU e defendeu a normalização das exportações russas para evitar maiores danos aos agricultores pobres no contexto da crise alimentar mundial.
“É preciso dar continuidade ao acordo que permite a exportação de cereais da Ucrânia e, como apontou o secretário-geral [da ONU, António Guterres], tomar providências para normalizar as exportações russas de fertilizantes, cuja falta está onerando o agricultores mais pobres do mundo em desenvolvimento”, disse o presidente peruano.
O chefe de Estado alertou que é “indispensável” evitar sanções econômicas se colocarem em risco a segurança alimentar do planeta, bem como se violarem o direito humano à alimentação.
Por outro lado, Castillo reafirmou a vontade de seu governo de encontrar uma solução para a operação militar russa na Ucrânia por meio de negociações diplomáticas “que incluam os interesses de todas as partes ao mesmo tempo”.
© AFP 2022 / ANGELA WEISSO presidente da Argentina, Alberto Fernándes, discursa na Assembleia Geral da ONU. Nova York, 20 de setembro de 2022.
O presidente da Argentina, Alberto Fernándes, discursa na Assembleia Geral da ONU. Nova York, 20 de setembro de 2022.
© AFP 2022 / ANGELA WEISS
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, também discursou nesta terça-feira (20) e defendeu o diálogo para a resolução do conflito. “Que cessem todas as hostilidades, imponham o diálogo e restaurem a paz na disputa que começou com o avanço militar da Federação Russa sobre o território da Ucrânia”, disse.
Essa foi a mesma linha adotada pelo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e pelo mandatário da França, Emmanuel Macron.
O mandatário argentino ainda disse que a pandemia da COVID-19 “tornou transparentes as enormes desigualdades que a população mundial sofre” e defendeu um comércio mundial mais justo e equilibrado.