Pelo terceiro dia consecutivo, preços do café encerram sessão registrando fortes baixas nas bolsas internacionais


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Pelo terceiro dia consecutivo, os preços do café se consolidam com forte quedas nas bolsas internacionais, e encerram a sessão desta sexta-feira (14) com o robusta registrando baixa de mais de 2% nos futuros mais próximos em Londres.

Segundo informações da Reuters, o Representante Comercial dos EUA, Jamieson Greer, disse hoje que o presidente Donald Trump está pronto para cumprir as promessas de conceder isenções tarifárias a alguns alimentos e outros produtos que não são produzidos nos EUA (o que, neste caso, inclui o café).

Relatório da Pine Agronegócios destaca que Trump já havia dado sinais, na semana passada, que o nível de ruído sobre o café já estava incomodando e que poderia retirar as tarifas sobre o produto. Na última quarta-feira (12), o secretário do tesouro americano, Bessent, disse que devem ocorrer cortes nas tarifas adicionais sobre o café e outros produtos agrícolas em breve. “Esse fator iniciou o movimento que reforçamos diversas vezes em nossos últimos relatórios, onde a queda das tarifas fariam com que NY apresentasse uma queda superior a B3 devido ao desmonte das posições especulativas compradas e devido a possibilidade de maior demanda no Arábica e balanço mais ajustado, os futuros da 
B3 cairiam menos, desta forma, fechando parcialmente a diferença entre as bolsas”, completou ainda o documento. 

Outro fator que vem derrubando os preços são as melhores condições climáticas (quando comparada ao final de 2024), que estão contribuindo (até o momento) para um bom 
desenvolvimento da safra de 2026 no Brasil.  Colaboradores do Cepea indicam que a maior parte da florada já ocorreu, e que agora o sucesso da próxima temporada depende de uma boa fixação e desenvolvimento dos chumbinhos.

Boletim do Escritório Carvalhaes aponta que mesmo sendo sbom para o Brasil e os EUA a retirada do tarifaço de 40%, os demais fundamentos de mercado continuarão os mesmos, pressionando os preços futuros. “Seguimos com as incertezas climáticas, que afetam a produção no Brasil e nos demais países produtores e com os baixos estoques globais. Com o Brasil, maior produtor e exportador mundial e segundo maior consumidor, sem estoques remanescentes, tendo colhido em 2025 uma safra menor do que a projetada inicialmente, frustrando os cálculos e análises do mercado, os preços devem seguir pressionados e em volatilidade”, explicou o documento. 

Informações da Hedgepoint Global Markets destacam que desde o início de agosto, os estoques certificados vêm caindo, com uma redução no volume da maioria das origens, incluindo México, Honduras, Nicarágua, Peru, Uganda e Brasil, que é o maior fornecedor para os estoques certificados nos últimos anos.

Em NY, o arábica fecha o dia registrando o recuo de 190 pontos no valor de 399,80 cents/lbp no vencimento de dezembro/25, uma baixa de 25 pontos negociado por 374,00 cents/lbp no de março/26, e uma desvalorização de 175 pontos no valor de 356,90 cents/lbp no de maio/26.

O robusta encerra com queda de US$ 120 nos contratos de novembro/25 e janeiro/26 cotado por US$ 4,249/tonelada e US$ 4,223/tonelada, e uma perda de US$ 118 no valor de US$ 4,128/tonelada no de março/26.

Mercado Interno

De acordo com a Pine, no mercado físico brasileiro a comercialização para safra 25/26, conforme acompanhamento da consultoria com os produtores, está em 78% de Arábica vendidos e de Conilon 69% da safra comercializada. “A comercialização do Conilon se encontra mais atrasada comparada a média devido a rentabilidade do produtor, portanto, menor necessidade de caixa e uma safra cheia para essa temporada. Já para a temporada 26/27 (Colheita em 2026) a comercialização de ambas variedades estão atrasadas com base na média, com o Arábica em 6% e o Conilon virtualmente zerada a comercialização (2%)”, destacou ainda a consultoria.

Nas áreas monitoradas pelo Notícias Agrícolas, o fechamento desta 6ª feira registrou poucas variações, que acompanharam as quedas de NY. O Café Arábica Tipo 6 encerra com recuo de 2,54% em Machado/MG no valor de R$ 2.300,00/saca, uma perda de 1,36% em Guaxupé/MG cotado por R$ 2.184,00/saca, e uma baixa de 1,32% em Campos Gerais/MG no valor de R$ 2.245,00/saca. Já o Cereja Descascado registra baixa de 1,28% em Campos Gerais/MG negociado por R$ 2.305,00/saca, e uma desvalorização de 0,42% em Varginha/MG no valor de R$ 2.370,00/saca.  

Fonte: noticiasagricolas

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