Pelo menos 11 funcionários da ONU são mortos na Faixa de Gaza no conflito entre Israel e Hamas


A Organização das Nações Unidas (ONU) informou nesta quarta-feira (11), em uma coletiva de imprensa, que pelo menos 11 de seus funcionários foram mortos na Faixa de Gaza, em meio ao conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas. Os membros da organização atuavam na Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA, na sigla em inglês).
Segundo a vice-diretora da agência em Gaza, Jenifer Austin, as vítimas são “cinco professores, um ginecologista, um engenheiro, um conselheiro psicológico e três funcionários de apoio”, sendo que “alguns foram mortos em suas casas com suas famílias”.
Cerca de 220 mil palestinos estão abrigados em 92 unidades da Agência da ONU em Gaza.
O Conselho de Segurança da ONU informou que pretende reunir-se nesta sexta-feira (13) para abordar o conflito, segundo uma fonte diplomática da Sputnik.
De acordo com as últimas atualizações, o número de mortos desde o último sábado (7), quando o Hamas lançou a incursão no território israelense, já passa de 2,3 mil, sendo pelo menos 1.100 palestinos e 1.200 israelenses.
Palestinos retiram homem de residência destruída após ataque de Israel. Faixa de Gaza, 10 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 10.10.2023

Breve histórico do conflito Israel-Palestina

Em 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas votou para criação de dois Estados – judeu e árabe – na margem ocidental do rio Jordão, ao mesmo tempo com Jerusalém mantendo status de zona internacional.
Em 4 de maio de 1947, Israel declarou sua independência. Imediatamente depois, Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque começaram uma guerra contra o Estado recém-formado. Durante a Guerra dos Seis Dias de 1967, Israel ocupou a Faixa de Gaza e Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, iniciando os assentamentos de judeus em terra palestina, levando ao deslocamento em massa de palestinos.
Após a Primeira Intifada (manifestação de resistência dos palestinos contra as autoridades israelenses nos territórios ocupados iniciada em 1987) foi assinado o Acordo de Paz de Oslo. Foi um período de transição de cinco anos que previa a redistribuição de tropas israelenses da Faixa de Gaza e Cisjordânia e determinação do status final dos territórios palestinos.
Em 1996, a Palestina realizou suas primeiras eleições, e Yasser Arafat foi eleito presidente da Autoridade Nacional Palestina. Em 2002, após a Segunda Intifada ou Intifada Al-Aqsa, os Estados Unidos (EUA), a União Europeia, a Rússia e as Nações Unidas propuseram um plano de paz denominado Roteiro para a Paz. Previa a retomada das negociações, a resolução do conflito e o estabelecimento de um Estado independente palestino.
Em 2005, Israel unilateralmente retirou-se da Faixa de Gaza. Em 25 de janeiro de 2006, Hamas ficou com a maioria dos assentos no Conselho Legislativo Palestino (80) contra os 43 do partido Fatah nas eleições. E, no ano seguinte, assumiu o controle total da Faixa de Gaza depois de expulsar a maioria dos ativistas do Fatah.
Como resultado dos ataques de foguetes da Faixa de Gaza, Israel vem realizando operações contra a infraestrutura do Hamas desde 2008, tendo sido a última em maio de 2023.

Fonte: sputniknewsbrasil

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