Película antivandalismo: preços, tipos e níveis de proteção para o carro


O Brasil tem a maior frota de carros blindados do mundo. Entretanto, a proteção balística mais simples, chamada de I-A, custa entre R$ 50 mil e R$ 60 mil, a depender do veículo. Neste cenário, muitos motoristas optam pela instalação das famosas películas antivandalismo, que são mais baratas.

Elas não protegem contra armas de fogo como as blindagens comuns, mas podem conter impactos de magnitude moderada. Baseado nisso, Autoesporte revela como funcionam, quais são os tipos e quanto custam as novas películas antivandalismo aplicadas sobre as janelas.

Existem cinco tipos de películas: PS4, PS8, PS10, PS12 e PS14. O que muda é a espessura da membrana de poliéster aplicada sobre a janela do carro, sendo a PS4 a mais fraca e a PS14 a mais resistente. De acordo com Wellington Alves, gerente da oficina Curinga Sound, a mais protetora também é a mais buscada nas lojas. Veja abaixo:

Quanto mais espessa for a membrana de proteção, maior é a capacidade da película resistir a impactos e perfurações. E mesmo se o vidro estilhaçar, a camada de poliéster impede que a janela saia do lugar. Assim, o motorista tem tempo de reação para fugir sem que seus pertences sejam roubados.

Veja também:

A película também evita que o vidro estilhace em caso de acidentes moderados, proporcionando proteção extra aos ocupantes. Dessa forma, resquícios da janela que podem provocar cortes e outros machucados não são projetados para dentro da cabine.

+ Quer receber as principais notícias do setor automotivo pelo seu WhatsApp? Clique aqui e participe do Canal da Autoesporte.

As películas são instaladas apenas nas janelas e podem ser translúcidas ou escurecidas. Cabe destacar que o grau de visibilidade deve respeitar as regras do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A quantidade de luz que passa pelo material não pode ser inferior a 70%, ou o motorista estará cometendo infração grave. A multa é de R$ 195,23, com a penalidade de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

As oficinas que instalam as películas recebem o poliéster em um rolo. A folha é cortada no formato da janela para a aplicação, como se fosse um adesivo. Dependendo da gramatura, os profissionais podem até remover os vidros do carro, fator que vai elevar o tempo e o valor do serviço. Não é possível instalar a camada no para-brisa e no vidro traseiro.

“Qualquer carro pode ter essas películas, mas, como a estrutura se parece com a de uma garrafa PET, a instalação só pode ser feita nas laterais. No vidro traseiro e no para-brisa não tem como”, ressaltou o especialista em películas Ezequiel Pereira, da Fênix Multimídia.

É normal que profissionais deste mercado digam que as películas são resistentes a impactos de 50, 60 ou até 70 kg, a depender do nível da proteção. Porém, tal capacidade não pode ser medida dessa forma, pois existem muitas variáveis quando se trata da resistência ao vandalismo.

Fatores como velocidade do carro, material do projétil arremessado e a força empregada interferem diretamente no comportamento da película. Pode ser que o vidro resista ao impacto forte de um pedaço de madeira, mas quebre com a força moderada de um martelo, por exemplo.

Especialistas defendem que o mais correto é divulgar a resistência da película por quilos de acordo com a extensão em que foi utilizada (kg/m²). Assim, a proteção parte de 50 kg/m² e pode chegar a 149 kg/m².

Os preços das películas antivandalismo variam de acordo com o nível de proteção e o tamanho da janela do carro, dizem os especialistas. A aplicação da mais em conta, do tipo PS4, parte de R$ 500 para as quatro janelas laterais. Já a PS12, que oferece mais proteção, pode variar entre R$ 1.200 e R$ 1.500.

Para aplicar a película PS14, a mais resistente do mercado, muitas oficinas podem solicitar a remoção completa das janelas do carro. Assim, o serviço pode levar mais de um dia e o preço sobe para R$ 2.500.

Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.

Fonte: direitonews

Anteriores Concessionária pagará por custos de aparelhos queimados em queda de energia
Próxima Aloizio Mercadante em Evento do G20: “Brasil Sente Saudade de Dilma Rousseff”