Pela terceira vez, o boletim Focus – consulta semanal do Banco Central (BC) às 100 maiores instituições financeiras do país – manteve em 4,86% a previsão para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para este ano, mas aumentou ‘ligeiramente’ à de 2024, de 3,86% para 3,87%. Para 2025 e 2026, a estimativa permaneceu em 3,5%.
Tanto no caso deste ano, quanto no próximo, há estouro do centro da meta de inflação, de 3,25% e 3% (com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima), conforme fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Levando em conta as 48 estimativas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para este ano variou de 4,85% para 4,83%, ao passo que para o ano que vem, houve recuo, de 3,88% para 3,83% da projeção de alta.
A exemplo do indicador oficial de inflação, a expectativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) pelo mercado para 2023 continuou em 2,92% – interrompendo uma sequência de cinco altas seguidas – assim como para o ano que vem e o seguinte, ‘estacionados’ em 1,5% e 1,9%.
No segundo trimestre do ano (2T23), a economia avançou 0,9%, o que surpreendeu analistas do mercado, que esperavam um resultado inferior, em torno de 0,3%.
Já a projeção para a taxa básica de juros (Selic) continuou inalterada para 2023, 2024 e 2025, em 11,75% ao ano, 9% ao ano e 8,50% ao ano, respectivamente.
No plano cambial, o Focus manteve em R$ 4,95 a previsão para a cotação do dólar ao final deste ano, elevou de R$ 5 para R$ 5,02 para 2024, mantendo em R$ 5,10, para 2025.
No que toca ao comportamento das contas públicas, a relação dívida pública/PIB também exibiu ligeiro avanço, ao passar de 60,40% do PIB para 60,50% do PIB, ante 60,45% do PIB, registrada um mês atrás. Para 2024, a projeção passou de 63,80% do PIB para 63,90% do PIB. Há quatro semanas, a ‘aposta’ era maior, de 63,95%.
Já repercutindo os dados do Boletim Focus, na abertura dos trabalhos de hoje (2), o Ibovespa futuro apresenta queda de 0,22%, aos 116.990 pontos.
Fonte: capitalist
