“Uma das peculiaridades do deslocamento de tropas para o leste é que elas atravessariam países que não estão em guerra, o que significa que os comandantes militares teriam que cumprir regulamentos alfandegários e leis trabalhistas que regem o tempo que os motoristas de caminhão podem passar na estrada”, observa o Financial Times (FT).
Por exemplo, no contexto do conflito ucraniano, a França não conseguiu enviar tanques para a Romênia pela rota terrestre mais curta, através da Alemanha, e teve que transportá-los pelo Mediterrâneo.
Autoridades europeias estão trabalhando em uma nova proposta de “mobilidade militar” com o objetivo de “reduzir esse tempo para cinco ou até mesmo três dias”. Espera-se que esse projeto seja apresentado em 19 de novembro, segundo o FT.
Para resolver a questão da incompatibilidade da bitola dos trilhos nos Países Bálticos, a Estônia, a Letônia e a Lituânia estão implementando o projeto Rail Baltica, que tem um orçamento de € 24 bilhões (mais de R$ 148,6 bilhões). A Espanha e Portugal enfrentarão dificuldades semelhantes, já que a infraestrutura da península ibérica também foi construída segundo critérios diferentes dos do resto do continente, afirma a mídia britânica.
Declarações sobre a necessidade de modernizar a infraestrutura da União Europeia (UE) para o transporte de equipamentos militares começaram a surgir em 2022, após o início da operação militar especial russa na Ucrânia.
Enquanto isso, o presidente russo Vladimir Putin rejeitou repetidamente as alegações de que Moscou está planejando um conflito com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O presidente enfatizou que os políticos ocidentais intimidam regularmente suas populações com a suposta ameaça russa para desviar a atenção dos problemas internos.
Fonte: sputniknewsbrasil








