‘Partidários da paz’: podem a Rússia e a China mediar uma solução para o conflito palestino?


Ambos os ministros das Relações Exteriores da Rússia e da China, Sergei Lavrov e Wang Yi, respectivamente, se reuniram na última segunda-feira (16) em Pequim, na véspera do Terceiro Fórum Internacional sobre a Cooperação do Cinturão e Rota. Além de coordenar posições e ações estratégicas na ONU, na Organização para Cooperação de Xangai (OCX) e nos BRICS. Os diplomatas também debateram o agravamento da situação no Oriente Médio.
Para Zhou Rong, a harmonização das posições da China e da Rússia fortalece o poder conjunto frente aos países árabes na busca de uma resolução pacífica para a crise entre Israel e a Palestina.
Manifestantes carregam itens saqueados durante um protesto contra o aumento dos preços dos combustíveis - Sputnik Brasil, 1920, 17.10.2023

Segundo o especialista, as atuais reuniões entre a China e a Rússia sobre o conflito do Hamas com Israel são muito oportunas. Até agora, existem divergências no mundo sobre esta questão e não existe uma opinião unificada entre os países árabes ou no mundo ocidental. Mas o objetivo continua a ser comum a todos: a esperança de criar um corredor humanitário.
“A China expressou a sua posição. Expressou a esperança de que Israel não se envolva em ultrapassar os limites da defesa necessária. A Rússia mantém a mesma atitude nos pontos principais. A harmonização das posições da Rússia e da China sobre esta questão contribuirá para avançar negociações de paz entre as partes imediatas do conflito ou mesmo negociações envolvendo outros países do Oriente Médio”, disse Rong.
Isto também é de particular importância à luz do terceiro Fórum do Cinturão e Rota. Numa perspectiva mais profunda, a China e a Rússia não devem apenas desenvolver ativamente as relações bilaterais, mas também trocar opiniões sobre questões internacionais e regionais, na medida do possível, e tentar alcançar a compreensão e o consenso mútuos.

“Além disso, a China e a Rússia mantêm relações amistosas tanto com Israel como com os países árabes. Podemos afirmar que ambas as nações são vistas no cenário internacional como apoiantes da paz e das negociações, ao contrário dos Estados Unidos e de outros países ocidentais“, acrescentou o especialista.

Fonte: sputniknewsbrasil

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