Países ricos anunciam ‘socorro’ de quase R$ 1 trilhão às economias emergentes


Quase um R$ 1 trilhão (US$ 200 bilhões, pelo câmbio de hoje). É essa ‘bagatela’ a ser ‘desbloqueada’ pelas economias mais ricas do planeta – representadas por 40 líderes mundiais, reunidos, nesta sexta-feira (23) na Cúpula em Paris (sob o nome oficial de ‘Cúpula para o Novo Pacto Financeiro Global’) – aos países emergentes, como resposta aos chamados ‘desafios climáticos’ e ao ‘ônus’ de dívidas decorrentes da pandemia, contraídas pelas nações mais pobres.

A fatura colossal seria liberada, por meio de organismos multilaterais de crédito, como o Banco Mundial (Bird) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), às regiões mais fragilizadas pelas crises do clima e sanitárias. Em comunicado final emitido pela cúpula, os signatários da medida fizeram a seguinte previsão: “Esperamos um aumento geral de 200 bilhões [de dólares] da capacidade de empréstimo dos MDBs (bancos multilaterais de desenvolvimento) nos próximos dez anos, otimizando seus balanços e assumindo mais riscos”, mas fazendo, em seguida, uma ressalva, “se essas reformas forem implementadas, os MDBs podem precisar de mais capital”, acrescentou.

Sobre a eventual necessidade de aporte de mais capital para a iniciativa, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, assinalou, antes do início da cúpula, que “esforços para obter mais empréstimos dos financiadores de desenvolvimento devem ser realizados, antes de considerar a possibilidade de aumentos de capital”.

Além do anúncio conjunto, feito por países ricos, da intenção de disponibilizar US$ 200 bilhões aos países em desenvolvimento, também será criado um fundo para a biodiversidade e para a proteção das florestas. No paralelo, os líderes admitiram contribuir para a reforma de instituições financeiras de fomento, concebidas logo após a Segunda Guerra Mundial, bem como liberar fundos para o combate às mudanças climáticas, mediante ações em consenso com órgãos, como o G20, COP, FMI-Banco Mundial e Organização das Nações Unidas.

No país, levantamento recente mostrou que é crescente a preocupação dos brasileiros com relação à questão climática e quanto ao futuro da Amazônia, e de como essas questões poderão afetar suas famílias. Metade dos consultados admitiu já ter exercido seu voto com base em questões ambientais.

Fonte: capitalist

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