País deve fechar 2023 com o maior superávit comercial da história: US$ 73,7 bilhões


O maior superávit comercial da história, de US$ 73,7 bilhões. Essa é a previsão para 2023, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ao divulgar, nesta quarta-feira (11), o Informe Conjuntural do 3º trimestre (3T23), para quem as exportações devem atingir US$ 331 bilhões e as importações, US$ 257,3 bilhões, nesse período.

No bojo do avanço do comércio exterior nacional, a entidade revisou, pela segunda vez, a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) que subiu para 3,3%, acima da estimativa de alta de 2,1% no segundo trimestre (2T23) e de 1,2% no primeiro trimestre (1T23).

Em contraponto à forte tendência atual, de expansão econômica, a expectativa da CNI é de que a indústria de transformação recue 0,5% este ano, devido à queda, tanto da demanda, quanto da produção, sobretudo, de setores mais sensíveis ao crédito, parcialmente compensada pelo desempenho do setor de alimentos e derivados de petróleo.

Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, “a indústria, que desempenha um papel estratégico no fortalecimento de todo o setor produtivo brasileiro, especialmente com seus investimentos em tecnologia e inovação, está encolhendo. Os juros altos e o nosso sistema tributário têm cobrado um alto preço da indústria de transformação, mas também dos investimentos. Se nada mudar, o Brasil terá sua capacidade produtiva futura bastante comprometida”.

Ainda que se ressentindo do elevado patamar de juros incidente sobre a atividade, o setor industrial geral deverá crescer 2% em 2023, a reboque do avanço da indústria extrativa (+6,7%), indústria da construção civil (+1,5%) e serviços industriais de utilidade pública (+5,3%).

Na avaliação do gerente-executivo de Economia da entidade, Mário Sérgio Telles, “a parte da indústria mais sensível ao mercado externo terá desempenho positivo este ano, enquanto a indústria de transformação tem sido pressionada pela política monetária contracionista, pelo ambiente de crédito restritivo e pelo enfraquecimento da demanda. A questão é que a indústria da transformação responde por 58% do PIB industrial e tem maior capacidade de alavancar o PIB do que os demais setores da economia”,

Carro-chefe, há décadas, da economia nacional, o PIB da agropecuária deverá aumentar 15,5% em 2023, desempenho favorável, mesmo diante um cenário externo formado por taxas de juros restritivas, aperto de crédito e inflação elevada sem controle. Já os serviços poderão crescer 2,1%, ante a previsão anterior, de 1,3%.

Fonte: capitalist

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