Pais corujas: as famílias que largaram tudo para acompanhar os filhos nos festivais de robótica


A prioridade de quem tem filho é sempre a mesma: fazer o que for melhor para ele. Mesmo que isso signifique se aventurar no desconhecido, que no caso da curitibana Suzana Polak, mãe do Leonardo, de 16 anos, é o universo da robótica. 

“Meu filho entrou para a equipe Cronos, de FLL, no ano passado. É tudo muito novo pra ele e pra mim também. Essa é a primeira competição nacional dele e também é a nossa primeira vez em Brasília. Está sendo uma experiência incrível”, conta Suzana.

A curitibana não mediu esforços para acompanhar o filho e conta que percebeu a evolução dele após ingressar na equipe de robótica, na escola. “Ele adquiriu muitas responsabilidades e tem que interagir em várias áreas que são desafiadoras para ele”, relata.

Já para Leonardo, a presença da mãe é fundamental: “Eu não sei se conseguiria estar aqui sem o apoio dela, que sempre esteve comigo. Estou muito animado, mas também muito ansioso, pois somos uma equipe novata, porém, com garra para chegar até a competição internacional”.

Apoio incondicional, na família e na escola    

Wilson Rochenbach e seu filho Rafael são de Florianópolis (SC) e vieram até Brasília para participarem do 5° Festival SESI de Robótica pela equipe de Interlagos do F1 In Schools.

Foi decisão de Rafael se aventurar no universo da robótica e a surpresa foi grande para o pai ao descobrir que a equipe do filho foi classificada para o nacional.

“É um orgulho enorme a participação dele, pois ele é bastante exigido. A escola SESI também dá todo o apoio necessário, inclusive com uma professora auxiliar que tá sempre com ele participando, é muito legal”, conta Wilson. “Tem toda uma preparação e meu filho precisou vencer etapas para estar aqui e fazer parte da equipe. Ele recebeu todo nosso apoio e da escola para realmente fazer parte”, fala, emocionado. 

Emoção pra que te quero!   

Quem também saiu da rotina e viajou quase 2 mil km de Belém do Pará até o Festival para acompanhar de perto o filho foi Rosângela Rabelo. Assim como os outros pais, essa tambem é a primeira vez dela em Brasília, com o Rafael, de 14 anos.

“São muitas emoções! Queremos sorrir, queremos chorar... É muito bom ver eles fazendo o que gostam e junto a isso, tem toda a questão do desenvolvimento que o SESI-Belém proporciona ao meu filho”, explica. 

Rafael, que participa da equipe BRICKS OF PARÁ, conta que a presença da mãe dá forças: “É gratificante viver tudo isso ao lado dela, saber que tenho apoio e que posso contar com ela”, diz.

Família coruja? Temos, sim senhor!   

Outra família da mesma equipe (BRICKS OF PARÁ) é a do Marcelo Filho. Na hora da entrevista, o estudante estava muito concentrado, competindo, mas o pai, Marcelo, a mãe, Amália, e a irmã, Ana Bella, representaram. “Coincidiu de ele ser classificado justamente no mês das minhas férias e está sendo muito bom esse momento em família”, conta o pai.

A irmã, Ana Bella, também é robótiquer, e embora sua equipe não tenha se classificado para o nacional, ela aproveitou a oportunidade para conhecer o torneio e, é claro, torcer para o irmão.

“Nossa equipe ganhou o terceiro lugar lá no Pará. Tô aproveitando para conhecer o torneio nacional e depois contar tudo para minha equipe, porque, claro, ainda vamos competir em nível nacional. O importante é a gente se divertir”, conta, entusiasmada.

Sobre famílias e robôs

Enquanto alguns pais conhecem a robótica por causa dos filhos, outros se tornam pais justamente por causa das competições.

Patrícia dos Santos é professora de matemática em Porto Alegre. Ela é casada com o tatuador Luis Guilherme. Apesar das profissões serem bem diferentes, eles têm um denominador comum que é a paixão pela robótica. E foi por meio dela que eles se conheceram!

“Nos conhecemos em 2008 durante um programa de robótica e participamos de algumas competições nacionais e até internacionais. Estamos juntos há 11 anos e temos um filho, o Bernardo, de seis anos. O amor pela robótica sempre nos acompanhou, tanto que hoje somos juízes”, conta Patrícia.

O Bernardo não pôde vir para o 5° Festival SESI de Robótica porque ainda é muito pequeno, mas o pai garante que ele já está sendo doutrinado. “Aprendemos os valores da FIRST e da robótica em uma época em que estávamos em desenvolvimento, e sei o quanto eles foram importantes para nosso amadurecimento e postura na vida”, afirma Guilherme.

Fonte: portaldaindustria

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