O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), prestou solidariedade ao pesquisador do Datafolha agredido na tarde de terça-feira (20) com chutes e socos por um bolsonarista em Ariranha (a 378 km de São Paulo).
“Manifesto minha solidariedade ao pesquisador do Datafolha que foi agredido, de forma covarde, enquanto realizava o seu trabalho”, disse em publicação nas redes sociais.
Pacheco afirmou que a agressão foi “mais um ato suspeito de violência política”. A agressão faz parte de uma escalada de hostilidade contra profissionais do instituto em meio ao processo eleitoral.
“Devemos todos combater o ódio que vai contra os princípios básicos da vida em sociedade e em uma democracia”, disse o presidente do Senado.
No episódio no interior de São Paulo, o pesquisador entrevistava uma pessoa quando Rafael Bianchini se aproximou e, aos gritos, passou a exigir que também fosse ouvido para o levantamento. “Só pega Lula” e “vagabundo” foram termos gritados pelo bolsonarista no meio da rua.
Os pesquisadores do instituto recebem um treinamento padronizado, que determina que pessoas que se oferecem para serem entrevistadas devem ser obrigatoriamente evitadas, para que a amostra seja aleatória.
Segundo o Datafolha, relatos de pessoas que passam gritando, acusando o instituto de ser comunista ou tentando filmar os entrevistadores como forma de intimidá-los têm sido comuns.
Houve casos nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Alagoas, Maranhão, Goiás, Pará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.