🎙️ Hoje a OTAN completa 75 anos de fundação e o Mundioka vai falar justamente sobre a trajetória da organização militar. Não perca as entrevistas com os nossos especialistas! pic.twitter.com/3p0ceNqQmu
— Mundioka (@mundioka) April 4, 2024
“Na verdade, essas relações caíram agora para o nível de confronto direto. Países da OTAN, a aliança em si, já não é algo que está em constante crescimento, mas já está envolvida no conflito em torno da Ucrânia. A OTAN continua o seu movimento em direção às nossas fronteiras, expandindo sua infraestrutura militar em direção às nossas fronteiras”, disse Peskov a repórteres.
🌎 Neste episódio, conversamos com Vinicius Modolo, especialista em organizações de tratados militares entre países; e Ricardo Cabral, professor e editor do site @MilitarDebate. Ouça agora!https://t.co/SRCYfwLN1f
— Mundioka (@mundioka) April 4, 2024
Por que a OTAN foi criada?
“Em 1947, primeiro eles organizam um quintal, vamos colocar assim, que é aqui, as Américas, com o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca, o TIAR, Tratado do Rio de Janeiro, que coloca todo mundo sob o guarda-chuva nuclear norte-americano e, mais do que isso, subordina estratégica e militarmente toda a América do Sul aos desígnios norte-americanos.”
“A partir dali você já tem claramente o contexto da Guerra Fria do jeito que nós a conhecemos. Você vê que a resposta do lado oriental da União Soviética só se dará em 1955, com o Pacto de Varsóvia, que vai ser dissolvido em 1991 com a dissolução também da União Soviética, mas durante esse tempo, de 1949 a 1991, nós tivemos ali, quase em vários momentos, o perigo da eclosão de uma guerra nuclear.”
“Depois de organizar a casa, ele [Putin] começa o caminho que levou até hoje, na minha humilde opinião, a Rússia a um protagonismo maior do que as suas capacidades econômicas. […]. Hoje, sem dúvida nenhuma, a Rússia retomou a posição de grande potência.”
A OTAN como elemento disseminador de conflitos
“Mas é também uma declaração que faz pressão para que a OTAN não entre efetivamente dentro da guerra [ucraniana] com soldados, com mais armamento, que já é uma provocação para os russos de maneira tendenciosa de fazer a guerra pender para o lado ucraniano. Então a China, ao tentar balancear essa possibilidade, se posiciona de maneira declarada e ativa no conflito”, afirma o especialista.
Existe algum tratado atual que serve de contrapeso à OTAN?
“Agora, com a chegada de Finlândia e Suécia [à OTAN], você tem praticamente um encerramento ali, um fechamento das fronteiras. Os dois lados estão realmente em oposição, agora com fronteiras coladas. A chegada da Finlândia acaba colocando ali mais de 1.300 quilômetros de fronteira conjunta. Então você tem um cenário que, para a Finlândia, do meu ponto de vista, é muito mais arriscado agora ser parte da OTAN do que anteriormente estando neutra. Não havia uma ameaça clara definida [antes]. Agora, sendo parte da OTAN, logicamente ela se torna um alvo preferencial no cenário de conflito.”
Fonte: sputniknewsbrasil