Os carros elétricos mais baratos no Brasil em 2024


Os carros elétricos estão chegando cada vez mais às garagens dos brasileiros e não há qualquer previsão de desaceleração dessa tendência. Mesmo com a volta do Imposto de Importação para veículos do tipo no país a partir deste ano, as montadoras continuam a posicionar seus modelos em faixas de preço cada vez mais atrativas, para que não percam espaço nesse mercado aquecido.

Um exemplo é o BYD Dolphin Mini, que será lançado nas próximas semanas a preços entre R$ 100.000 e R$ 120.000 conforme mais recente apuração de Autoesporte. E isso continua a atiçar a demanda para o segmento. Mas, afinal de contas, quais são os carros elétricos mais em conta da atualidade no Brasil? É o que veremos a seguir:

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Até a chegada do Dolphin Mini, o elétrico mais baratao do Brasil é também o menor. Com apenas 3,2 metros de comprimento, o Caoa Chery iCar é prático para o uso urbano, mas adultos na fileira traseira podem não conseguir acomodar as pernas com conforto. Apesar disso, tem itens como teto panorâmico e carregador de celular por indução.

A agilidade em retomadas de velocidade é outro pontos positivo, graças aos seus 995 kg de peso total e parte da carroceria construída de plástico polímero. O motor elétrico entrega 61 cv de potência e 15,3 kgfm de torque. Os números parecem baixos, mas como o iCar é leve, roda com agilidade. Segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), tem autonomia de 197 km.

O Renault Kwid E-Tech, configuração elétrica do subcompacto, vem equipado como a versão topo de linha do modelo convencional. Tem autonomia ligeiramente inferior ao Caoa Chery (185 km, conforme o Inmetro), mas é competente para o uso urbano. Tem 65 cv de potência e 11,5 kgfm de torque, o que leva muito bem os seus 977 kg – 18 kg a menos do que o iCar.

Interessante é como, ao volante, o Kwid E-Tech tem características bem similares em relação ao modelo a combustão. A suspensão trabalha de forma parecida e a posição de dirigir tem a mesma ergonomia, mas não tem a vibração do motor três-cilindros a combustão do modelo padrão.

Não foram só o iCar e o Kwid E-Tech que tiveram os preços reduzidos ao longo do tempo. O pequeno JAC e-JS1 foi o primeiro dos subcompactos elétricos a chegar. Talvez por isso mesmo, seja o que tem a menor autonomia oficial da lista (161 km, conforme o PBEV). De todo modo, entrega números de potência e torque equivalentes aos modelos anteriores: 62 cv e 15,3 kgfm.

Como é típico dos carros elétricos importados, o e-JS1 oferece uma paleta de cores mais descolada, com diversos tons de pintura exterrna e acabamento interno. Pode ser rosé, amarelo ou creme, tanto no console quanto no estofamento. A central multimídia, por sua vez, tem uma interface azulada com boa visibilidade, mas carece de Apple CarPlay e Android Auto.

O BYD Dolphin é o primeiro modelo da lista a oferecer níveis superiores de espaço, acabamento, eficiência e tecnologia. Foi o primeiro da categoria a chegar com itens como câmeras e sensores frontais, laterais, traseiras e 360º, piloto automático, central multimídia rotativa de 12,8 polegadas com conectividade para smartphones, entre outros equipamentos. Pelo BYD App, todos os dados e comandos do carro podem ser verificados à distância.

Com dimensões de um hatch compacto, o Dolphin traz motorização elétrica de 95 cv e 18,4 kgfm em sua versão mais barata. Com baterias de 44,9 kWh ele vai de 0 a 100 km/h em 10,9 segundos, com máxima de 160 km/h. Segundo o programa de etiquetagem do Inmetro, tem autonomia de 291 km (ou 330 km na versão Plus, que tem 204 cv e 31 kgfm, mas custa R$ 179.800).

Se o Dolphin já tem um design diferenciado, talvez o Ora 03 – seu rival direto – consiga superar nesse quesito. Tem faróis elípticos, formas curvas, capô volumoso nas extremidades, traseira arredondada, lanterna inteiriça, entre outros detalhes. Ainda que tenha 232 km de autonomia conforme o PBEV, tem desempenho superior em relação ao BYD. Seus 171 cv e 25,5 kgfm o levam aos 100 km/h em 8,2 segundos.

No interior, as possibilidades de cores também são inúmeras, podendo variar entre creme com marrom, creme com vermelho, creme com verde, entre outras opções. Na frente dos ocupantes, estão duas telas integradas, uma para o cluster e outra para a central mulltimídia. Cada uma delas tem 10,25 polegadas.

Enquanto o novo 2008 não chega, a Peugeot oferece a sua variante elétrica, o e-2008, que já corresponde à nova geração do SUV em matéria de plataforma, equipamentos e refinamento. Pelo fato de a versão vendida no Brasil ser a GT, pode acelerar de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos, por meio de seus 136 cv de potência e 26,5 kgfm de torque. Isso com uma autonomia de 234 km, segundo o Inmetro.

No interior, é possível notar que o visual traz elementos futuristas, graças ao painel i-Cockpit com cluster 3D, que cria uma atmosfera envolvente para os ocupantes. Complementam a lista de equipamentos: controle de cruzeiro adaptativo (ACC), frenagem automática de emergência, assistência de farol alto, alerta de atenção e fadiga, reconhecimento de placas de velocidade, sensor de ponto cego, alerta e correção de permanência em faixa, 6 airbags e multimídia de 10 polegadas.

O único coreano da lista é o Hyundai Kona EV, SUV que chega com até mais autonomia do que o rival da Peugeot, apesar de cobrar um pouco a mais por isso (pelo menos até a data desta publicação). Seu motor desenvolve 136 cv de potência e 40,3 kgfm de torque, com autonomia de 252 km conforme a homologação do Inmetro. E quem gosta de uma personalidade mais futurista também terá grandes chances de simpatizar com o elétrico da Hyundai.

A lista de equipamentos inclui faróis full-LED, Head-Up display e controle de cruzeiro adaptativo (ACC) com alerta de colisão frontal, assistente de saída e manutenção de faixa, sensores de obstáculos dianteiros e traseiros, além de sete airbags. Aos que já conhecem o Creta, a central multimídia de 10,25 polegadas que equipa o Kona não irá gerar estranhamento algum, uma vez que é a mesma.

Mais uma chinesa que chegou ao Brasil recentemente é a Seres, com o modelo 3 em destaque por ser o mais em conta do seu portfólio. Diferentemente das conterrâneas BYD e GWM, a marca em questão é representada no Brasil por um grupo de empresários, mas já faz sucesso em vários países, principalmente por conta da parceria da fabricante com a Huawei, conhecida pelos seus smartphones.

Pelo Inmetro, sua autonomia não é a das maiores, com 206 km. Entretanto, o Seres 3 se destaca pelos bons 163 cv de potência e 30,6 kgfm de torque, capazes de levá-lo de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos. A lista de equipamentos agrada, com controles de estabilidade, tração e velocidade em descidas, assistente de partida em rampas, carregador por indução, sensor de pressão dos pneus, central multimídia de 10,25 polegadas, painel de instrumentos digital, câmera de ré 360º e teto solar panorâmico.

O pequenino sempre focou em uma fatia mais refinada do mercado, mas o atual é o que mais une características do 500 original – dos anos 50 e 60 – com o futurismo típico dos elétricos. Considerando o seu porte, os 227 km de autonomia (Inmetro) e os 118 cv com 22,4 kgfm não deixam nada a desejar. Por isso e pelo fato do 500e ser o “Cinquecento” mais tecnológico de todos, o Fiat também está entre os mais caros da história da marca.

Entre os principais equipamentos, estão assistente de centralização de faixa e de estacionamento, controle de cruzeiro adaptativo, assistente de ponto cego e de estacionamento, sensor de chuva, de fadiga e de pedestres, leitura de placas, câmeras 360º, entre outros. Tudo isso garante segurança ao carro que acelera de 0 a 100 km/h em 9 segundos.

Mais um JAC deu as caras, mas desta vez se trata de um SUV. O E-JS4 é o sucessor do iEV40, que foi o primeiro SUV elétrico vendido no Brasil. Esse pioneirismo da marca representada por Sergio Habib permitiu que os modelos chineses pudessem se desenvolver em alguns aspectos. Talvez o maior deles tenha sido o desempenho, pois segundo a fabricante, vai de 0 a 100 km/h em 7,5 segundos – com isso, é um dos mais velozes da lista.

Também não desaponta em autonomia, com registro de 256 km pelo ciclo PBEV do Inmetro. Seu bom fôlego se dá pela bateria com 55,1 kWh, bem como pelos seus 150 cv e 34,7 kgfm enviados às rodas dianteiras. Vem de série com multimídia de 10,25 polegadas, seis airbags, controle de estabilidade, câmera 360°, sensores dianteiro e traseiro, controle de cruzeiro, teto panorâmico, monitoramento de pressão dos pneus, entre outros.

Em setembro de 2023, a pré-venda do elétrico mais em conta da Volvo e de todo o segmento premium se iniciava. Hoje já tem mais de 2 mil carros vendidos e segue oferecido no configurador da marca. O lançamento definitivo ocorrerá ainda no primeiro semestre, com expectativa de 8,5 mil unidades vendidas apenas em 2024, segundo os executivos da empresa sueca.

O atrativo do carro não está só no fato de ser de uma marca premium (ainda que fabricado pela chinesa Geely), como também nos números que ostenta. Entre eles, 250 km de autonomia (Inmetro) e aceleração até 100 km/h em apenas 5,7 segundos desde a versão de base, com 272 cv e 35 kgfm. O rendimento fica ainda melhor com as versões superiores. Nem precisa dizer que vem bem equipado, pois até leitor de rosto do motorista ele traz.

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Fonte: direitonews

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