“O setor é central para a sobrevivência da economia capitalista. Sem inovação, a economia capitalista não sobrevive. É um elemento que não pode ser desprezado”, aponta.
“Agora as ferramentas que criamos são desenvolvimento de software, inteligência artificial, computação em nuvem, computação distribuída, 5G, big data… Ou seja, é uma revolução que vem exatamente da base tecnológica, já que hoje temos uma vida muito mais digital”, diz.
“Se é para o Brasil ter um novo renascimento industrial, novo florescimento, para acompanhar a competitividade que se precisa ter no resto do mundo, com certeza vai ser protagonizando movimentos de Indústria 4.0”, avalia.
Brasil perde ‘oportunidade gigantesca’ com China
“Acho que estamos perdendo uma oportunidade gigantesca com a China. Desde 2008, o governo chinês entendeu que haverá um recuo do mercado mundial devido a crises financeiras, que se tornarão mais frequentes nos países europeus, nos Estados Unidos, no Canadá… Então a China está migrando de uma grande economia exportadora para uma economia importadora também, concentrando-se em setores industriais de alta tecnologia”, explica.
“Hoje, países como a Alemanha, Japão, Coreia do Sul, são grandes exportadores de tecnologias de processamento industrial, das quais o Brasil é comprador. O maquinário que utilizamos nas indústrias daqui vem desses países. O Brasil não é conhecido por ter uma matriz de criação dessas tecnologias para transformação de bens e acaba tendo que importar”, explica Corrêa.
Brasil pode ocupar ‘papel semelhante’ ao do Irã
“Nos próximos anos, o Irã será uma potência industrial, como grande fornecedor da China”, projeta.
Fonte: sputniknewsbrasil