A South Stream Transport B.V., empresa operadora do gasoduto TurkStream, perdeu acesso à licença de exportação, informou na quinta-feira (29) o portal RBC.
De acordo com o comunicado citado da empresa estatal russa Gazprom, as restrições impostas em 18 de setembro pelos Países Baixos no âmbito das sanções da União Europeia, proíbem o fornecimento de bens industriais e a prestação de serviços à Rússia, incluindo assistência técnica e manutenção do gasoduto na sua zona econômica exclusiva e plataforma continental.
Apesar da revogação da licença, a South Stream Transport B.V. garantiu que as restrições não impedem o transporte de gás, pelo que os setores industriais e domésticos na Turquia, bem como dos países europeus, não serão afetados.
No entanto, a empresa apresentou um recurso para recuperar licença, de forma a obter uma isenção do atual regime de sanções da União Europeia, argumentando que o gás bombeado através do gasoduto acaba sendo fornecido aos países europeus através dos sistemas nacionais de gás, contribuindo assim para sua segurança energética.
O gasoduto TurkStream, comissionado em janeiro de 2020, tem dois gasodutos com uma capacidade máxima de fornecimento de até 31,5 bilhões de metros cúbicos de gás por ano. Um deles é usado para entregas de gás russo na Turquia, enquanto o outro é usado para o entregar a países do sul e sudeste da Europa.
Na última semana foram noticiadas rupturas nos gasodutos Nord Stream 1 (Corrente do Norte 1) e Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2), embora este último nunca tenha sido colocado em operação. O TurkStream é agora uma das duas rotas restantes através das quais o gás russo chega à Europa (a outra é através da Ucrânia).
