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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciou, na última terça-feira (11), a operação Estética com Segurança, com o objetivo de fiscalizar clínicas de estética em diversas regiões do Brasil. A ação, que ocorre em parceria com as Vigilâncias Sanitárias estaduais e municipais, abrange o Distrito Federal, Goiás, São Paulo e Minas Gerais, e inclui inspeções também em fabricantes localizados em Anápolis (GO) e Porto Alegre (RS).
No primeiro dia da operação, os fiscais realizaram vistorias em 19 estabelecimentos nas cidades de Brasília (DF), Goiânia (GO), São Paulo (SP), Osasco (SP), Barueri (SP) e Belo Horizonte (MG). Em todos os locais, irregularidades foram identificadas. Com a participação de cerca de 50 agentes, a fiscalização visa combater práticas que possam colocar em risco a saúde dos pacientes que buscam os serviços estéticos.
Durante as inspeções, foram encontrados produtos vencidos, medicamentos sem o devido registro e equipamentos em condições inadequadas. Em uma das clínicas de Osasco, por exemplo, os fiscais apreenderam mais de 300 ampolas de produtos injetáveis armazenados de forma imprópria, além de nove equipamentos médicos interditados por risco à saúde.
Além disso, duas clínicas foram completamente interditadas: uma em Goiânia e outra em Belo Horizonte. Outras três clínicas sofreram interdições parciais, devido à gravidade das infrações identificadas – duas em São Paulo e uma em Brasília.
Entre as irregularidades encontradas, destacam-se a apreensão de toxinas botulínicas vencidas e sem controle de temperatura em São Paulo, e o armazenamento de fenol vencido em uma clínica de Goiânia. O fenol, utilizado para fins estéticos, é proibido no Brasil devido aos riscos à saúde.
Em Belo Horizonte, instrumentos de microagulhamento foram encontrados com resíduos de sangue, o que representa um risco potencial de infecção. Em Goiânia, também foi identificado um caso de infecção por micobactéria, além de registros de outros problemas, como falhas na esterilização de materiais e o uso indevido de anestésicos sem validade.
Além disso, algumas clínicas estavam realizando procedimentos invasivos sem a presença de profissionais habilitados ou sem a devida autorização para tanto.
As clínicas autuadas poderão ser penalizadas com multas, suspensão de licenças e até o cancelamento da autorização de funcionamento, conforme a gravidade das infrações. A operação Estética com Segurança segue com o objetivo de proteger a saúde pública e garantir que os serviços prestados pelas clínicas de estética estejam em conformidade com as normas sanitárias do país.
Fonte: gazetabrasil