ONU faz apelo por US$ 160 milhões em ajuda humanitária para o Paquistão


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A Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu nesta terça-feira (30) um apelo para tentar arrecadar US$ 160 milhões (R$ 818,3 milhões) em ajuda humanitária para o Paquistão.
Desde meados de junho, chuvas de monções atipicamente fortes já deixaram mais de mil mortos e afetaram 33 milhões de pessoas, o que representa 15% da população do país, estimada em 220 milhões de pessoas.
“O Paquistão está inundado em sofrimento. A população paquistanesa enfrenta uma temporada de monções com esteroides, o impacto implacável do nível das chuvas e inundações. Essa catástrofe climática já matou mais de mil pessoas e deixou muitas outras feridas. Milhões estão desabrigados, escolas e hospitais foram destruídos, meios de subsistência foram comprometidos”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, em uma mensagem de vídeo divulgada para lançar o apelo pela ajuda humanitária.
fome_no_mundo3 - Sputnik Brasil, 1920, 05.08.2022

O porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), Jens Laerke, afirmou que meio milhão de paquistaneses foram forçados a se deslocar por conta das inundações e agora se encontram em abrigos temporários. “Quase um milhão de residências foram comprometidas e cerca de 700 mil cabeças de gado morreram”, disse Laerke.
Laerke ressaltou que o plano emergencial de US$ 160 milhões tem três objetivos: garantir abrigo e assistência de primeira necessidade, como o fornecimento de água potável; prevenir surtos de doenças, como cólera, e garantir assistência a crianças pequenas e suas mães; e garantir que as pessoas tenham acesso a assistência e proteção.
Segundo o Índice Global de Risco Climático, publicado pela ONU em 2021, o Paquistão, apesar de suas baixas emissões de carbono, está entre os dez países mais afetados por eventos de clima extremo. Outros países que vêm lidando com eventos de clima extremo são a China, que enfrenta enchentes causadas por chuvas torrenciais enquanto atravessa a onda de calor mais extensa desde 1961, e a Índia, que registrou um recorde de 202 dias de calor extremo neste ano.
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